A Oficina de Conservação e Restauro da Divisão de Cultura e Património da Câmara Municipal de Évora procedeu à conservação de uma obra do pintor arraiolense Dordio Gomes (1890-1976) que apresentava destacamento geral da camada cromática, craquelet, sujidade acumulada e verniz envelhecido, patologias que contribuíam para um elevado risco de degradação da obra..
A intervenção, de cariz conservativo, teve como base uma fixação pontual no sentido de restituir a adesão entre as diversas camadas que constituem a pintura (camada cromática, camada de preparação e suporte), tendo sido precedida por uma limpeza mecânica, um teste de solubilidade e de resistência dos pigmentos.
Os técnicos da Câmara Municipal de Évora contaram, uma vez mais, com o apoio do Laboratório HERCULES da Universidade de Évora na identificação dos componentes da camada de preparação. Esta intervenção foi realizada segundo os princípios da intervenção mínima e da compatibilidade e reversibilidade dos materiais.
Pintura a óleo sobre madeira, datada de 1963, a obra, cuja intervenção se iniciou em Maio e terminou em Agosto, representa monumentos emblemáticos da cidade, como o Aqueduto, a Sé, o Templo Romano e a Igreja de Santo Antão, entre outros.