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Câmara de Elvas assina memorando com a Prospect Time International Investiment

A Câmara Municipal de Elvas e a Prospect Time International Investiment (Portugal) Lda, assinaram na quinta-feira, 24 de agosto, um memorando de cooperação com vista à concretização do projeto “European Global Commodity Services Centre”: explorar o modelo e a zona de demonstração denominada “A Plataforma Portugal Global”, de acordo com o modelo de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas (“Plataforma Portugal”).

O memorando foi assinado pelo presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha, e pelo sócio gerente da Prospect Time International Investiment (Portugal) Lda., Chen Chunsheng, no salão nobre dos Paços do Concelho.

“O projeto vai ser implementado em Vila Fernando, nas instalações do antigo Centro Educativo, numa área de 100 hectares”, afirmou Nuno Mocinha, acrescentando que “hoje se deu corpo ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido para readaptar o espaço que se encontra abandonado há anos, com o objetivo de dar-lhe vida”.

Com a assinatura do memorando as duas entidades assumem o objetivo de cooperar mutuamente com vista a que surjam benefícios mútuos e ganhos para toda a população, impulsionando o desenvolvimento, estimulando a polivalência económica e moderada e o desenvolvimento sustentável.

O projeto vai ainda “estudar e tomar medidas em conjunto, participando no desenvolvimento de Elvas através das áreas de capital, recursos humanos e produção, com foco na agricultura, quintas vinícolas, produção de artigos típicos da região e projetos de turismo e lazer, bem como, estudar e criar ativamente medidas políticas que digam respeito à deslocação e emprego transfronteiriços dos habitantes locais.

Nuno Mocinha indicou que a localização de Elvas torna a cidade “estratégica para este tipo de investimentos, que promove o desenvolvimento industrial, cultural, turístico, científico e financeiro”, salientando que se trata de “um dos maiores projetos efetuados em Portugal”.

A primeira fase da implementação do projeto passa pela delineação do Plano de Pormenor, em conformidade com o Plano Diretor Municipal de Elvas, para a construção, em conjunto, do European Global Commodity Service Centre e do Parque Natural de Zonas Húmidas.

O objetivo passa por “plantar produtos agrícolas que são alimentícios e medicinais na Medicina Tradicional Chinesa; preservar patrimónios não-materais reconhecidos pelo Unesco, Portugal ou a União Europeia, concentrando na criação cultural típica dos habitantes locais; criar uma base logística tendo como centro Portugal e com ramificações que abrangem a União Europeia, América do Sul e África; proporcionar a formação a investidores chineses, e/ou provenientes de regiões e países integrados no eixo “Uma Faixa, Uma Rota” e aos habitantes locais que mudam de emprego; incentivar os habitantes do território do Município de Elvas a trabalhar nas áreas de projetos já referidos, obtendo o desenvolvimento polivalente que junta a produção e a criação de emprego”.

O investimento a realizar será na ordem de vários milhões de euros, traduzindo-se na implementação de um Parque Industrial e Tecnológico, tornando-o num “centro global de turismo, com capacidade de atrair turistas e redistribuí-los em direção a novos destinos, promovendo a entrada de quadros médios e superiores”.

Nesta vertente será implementada uma Zona de Criatividade Cultural, concentrando tanto os recursos como os profissionais especializados em criatividade cultural, os meios tecnológicos e o capital, explorando alguns produtos culturais como as artes visuais, produções televisivas e cinematográficas.

O projeto resulta ainda no desenvolvimento das indústrias, realçando as vantagens globais da região, requalificando estratégias de desenvolvimento dos sectores da indústria, estimulando o desenvolvimento de polivalência, otimizando o sistema de emprego e criando um aglomerado industrial altamente competitivo ao nível internacional.

Na área do turismo será redigido um plano de cooperação turística, formulando a estratégia de desenvolvimento a longo prazo sobre a cooperação turística em Portugal em conformidade com a política “Uma Faixa, Uma Rota”, não só restrito ao nível do mercado, mas também às áreas de formação e de regulamentação de critérios de avaliação do sector, reforçando a criação de novos produtos, a supervisão da qualidade, a divulgação conjunta, a troca de informações, a facilidade em diálogos e comunicações, e a comodidade e rapidez na passagem pelas fronteiras, abrindo caminhos para formar um mercado regional de turismo com marcas próprias, construindo um destino de turismo e lazer mundialmente conhecido.

O projeto inclui ainda a construção de um Centro de Conferências e Exposições, assim como o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, pondo em prática as medidas que facilitem a venda dos produtos industriais e comerciais no mercado doméstico, bem como a ampliação do mercado doméstico das empresas portuguesas que são parceiras da China, a fim de estabelecer o sistema nacional de comercialização e distribuição, criando marcas famosas de comércio nacional.

Por último, o objetivo passa ainda por “apoiar as empresas portuguesas a estender a sua cadeia de atividades; promover as empresas que satisfaçam os requisitos para investimento e desenvolvimento na China, realizando a transferência industrial em parques industriais e, em termos de negócios, a construção do sistema protetor de propriedade intelectual na Zona do Projeto, aperfeiçoando o Banco de Propriedade Intelectual de Elvas, apoiando o intercâmbio e a cooperação entre as agências de serviços intermediários de propriedade intelectual e encorajando os cidadãos portugueses a adquirir a habilitação de representação de patentes chinesas”.

O memorando é válido até ao dia 31 de dezembro de 2020.

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