Quase que dispensa apresentações, uma vez que o seu trabalho é reconhecido e está presente praticamente em todo o mundo. Além de várias criações em Portugal, Alexandre Farto tem trabalhos em países e territórios como a Tailândia, Malásia, Hong Kong, Itália, Estados Unidos, Ucrânia, Brasil. O artista, internacionalmente conhecido por Vhils, vai estar em Estarreja em setembro para deixar a sua marca no ESTAU e enriquecer o roteiro de arte urbana de Estarreja com a sua linguagem visual única. Ana María atravessa o Atlântico e traz de Porto Rico a inspiração para Estarreja. De Marrocos, chega Mohamed L’ Ghacham, o primeiro africano a juntar-se aos muitos artistas do ESTAU. O português The Empty Belly traz-nos a técnica do pontilhismo aplicada à arte urbana.
Em 2017 pretende-se ir ao encontro de novos públicos, mantendo-se as bases vencedoras de 2016. Workshops, conversas com artistas e visitas guiadas nos últimos dias do certame são para manter. A destacar da programação está a exposição de fotografia de Rui Palha e o projeto com Camilla Watson, que passa pela escrita da história local e do cultivo do arroz. De Lisboa, numa iniciativa que visa abraçar o público com mais de 65 anos, o projeto “A Avó veio trabalhar” pretende conquistar as “avós” e o “netos” de cá. Numa programação que é transversal e atinge diversos públicos, este ano acrescentam-se dois novos momentos: um encontro nacional de urban sketcher e o “Mostruário – uma espécie de feira”, ainda em fase de preparação e que decorrerá no espaço da Biblioteca Municipal.
Com uma primeira edição colorida de êxito, tendo a cobertura mediática alcançado mais de 6,5 milhões de visualizações, durante a apresentação do ESTAU que teve lugar em julho, Diamantino Sabina, Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, não escondeu a surpresa pelos resultados atingidos e “tão reveladores de sucesso” mas que, ao mesmo tempo, corroboram a aposta do Município num evento diferenciador e em contacto próximo com a comunidade.
E o reconhecimento europeu foi conseguido logo no primeiro ano. O ESTAU foi premiado com o selo de qualidade EFFE– Europe for Festivals, Festivals for Europe Label por ser um dos festivais notáveis que se realizam na Europa, fazendo parte da comunidade EFFE promovida pela Associação Europeia de Festivais. O júri considerou este como “um festival muito recente, mas já um marco na arte urbana em termos da sua forte internacionalização e interface com várias linguagens artísticas”.
No decorrer da sessão foi apresentada a imagem do evento para 2017. Lara Seixo Rodrigues, curadora do ESTAU, resume que “basicamente é uma mancha e é daqui que tudo parte. É esta mancha que nos vai apresentando tudo o que vai surgir na edição deste ano”.
Relativamente à convocatória lançada à comunidade para implementação na cidade um projeto artístico a ser executado entre os dias 9 e 17 de setembro, os artistas foram convidados a criar uma obra onde representem ou recriem a identidade da cidade de Estarreja, podendo recorrer a referências históricas, bibliográficas, naturais, culturais e/ou outras. Tendo sido recebidas 8 propostas, já é entretanto conhecida a ideia vencedora, apresentada pelo Halfstudio com a proposta intitulada ‘A nossa casa’.
O ESTAU é promovido pelo Município de Estarreja e coorganizado pela autarquia e pela associação Mistaker Maker. Tem curadoria de Lara Seixo Rodrigues e apoio institucional do Turismo Centro de Portugal. Com mais de 30 atividades, a primeira edição do festival pôs a arte urbana a falar com a cidade, com as pessoas e com o património, através de murais, instalações, residências artísticas, exposições, workshops, filmes, conversas, visitas guiadas, música, dança e performances. Transformar a cidade e projetar o território, envolver a população e valorizar o património local são objetivos do ESTAU.
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