De 17 a 19 de julho, o Arouca Geopark recebeu a visita de dois avaliadores da UNESCO – Nickolas Zouros e Zhao Zhizhong – com o objetivo de proceder à segunda reavaliação deste território, enquanto membro do Programa Internacional de Geociências e Geoparques.
Após três dias de visita ao território, os avaliadores revelaram, na tarde de quarta-feira, alguns dos argumentos que irão constar do relatório a entregar à UNESCO, tecendo rasgados elogios ao trabalho desenvolvido e à estratégia seguida, que muito deve à perseverança da Direção da AGA – Associação Geoparque Arouca, presidida por Margarida Belém, e da sua equipa técnica, coordenada por António Duarte.
“Estou muito contente por estar aqui, em Arouca, e ver os grandes progressos implementados, especialmente nos últimos quatro anos, desde a última avaliação que fizemos. É um dos melhores exemplos que temos no mundo no que diz respeito ao desenvolvimento de infraestruturas nos sítios de relevância geológica num curto espaço de tempo”, proclamou Nickolas Zouros.
Todo o trabalho desenvolvido, “faz do Arouca Geopark um dos membros mais fortes da Rede de Geoparques”, considera Nickolas Zouros, dando como exemplo de iniciativas bem conseguidas a construção da escadaria de acesso ao geossítio dos Icnofósseis de Cabanas Longas, integrando-os “na oferta turística do território”, e os Passadiços do Paiva, “um dos melhores exemplos que há na Europa neste género de infraestruturas”, garantiu.
Outro elemento que irá ser destacado no relatório de avaliação, feita de quatro em quatro anos, é a forte ligação às escolas e aos agentes económicos locais, numa rede de trabalho bem articulada e que é garantia de sucesso deste projeto.
Apesar de ser um bom exemplo internacional, o avaliador lembrou que “há ainda muita coisa para ser feita. Esta estratégia tem de ser continuada, porque é a melhor maneira dos habitantes tirarem benefício do reconhecimento internacional. Se a estratégia for continuada, no futuro, cada vez mais pessoas vão conhecer Arouca e os seus tesouros naturais e culturais”. Por seu lado, Zhao Zhizhong congratulou-se com o trabalho desenvolvido neste geoparque, sobretudo no que concerne aos novos projetos relacionados com os sítios arqueológicos.
“É uma satisfação enorme perceber que este trabalho tem visibilidade fora de portas. Precisamos cada vez mais, para que haja uma dinâmica económica ao longo do ano, de atrair outros mercados internacionais, novos turistas. Estamos a trabalhar muito e este reconhecimento dá-nos mais força para fazer mais e melhor”, reagiu Margarida Belém, agradecendo a quem torna, diariamente, o sucesso possível: técnicos da AGA, agentes económicos e todos os arouquenses, que se envolvem com o projeto e as ações delineadas. Até porque, e como afirmou Nickolas Zouros, “o logótipo da UNESCO não foi feito para as rochas. Foi feito para as pessoas, para celebrar o património que possuem”.
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