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Póvoa de Lanhoso e Gondomar dão mais um passo rumo à certificação da “Filigrana de Portugal”

Filigraneiros da Póvoa de Lanhoso e de Gondomar bem como a associação “Portugal à Mão” reuniram na Adere-Minho – Associação para o Desenvolvimento Regional do Minho, em Braga, com o objetivo de apresentar a versão final do caderno de especificações que unificará a definição de filigrana, sendo esta, e por isso, uma peça essencial no âmbito da certificação da “Filigrana de Portugal”.

“Este é o culminar do primeiro passo que vai permitir certificar e elevar a Filigrana”, salienta o Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, André Rodrigues. “Os nossos agradecimentos ao Município de Gondomar por esta parceria e aos nossos artesãos pelo seu envolvimento e empenho neste projeto”, destaca ainda o mesmo responsável.

Este processo arrancou no passado mês de março, com a assinatura de um protocolo de colaboração e compromisso mútuo, como pedra basilar de todo este processo, entre a Póvoa de Lanhoso e Gondomar, dois concelhos de artesãos e mestres da arte da filigrana por excelência, que irá visar num futuro cada vez mais próximo a “promoção conjunta de uma candidatura a Património da Humanidade”.

A “Filigrana de Portugal”, marca registada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, propriedade de ambos os municípios, abre portas para o tão acalentado sonho de levar a filigrana, como técnica específica, registada e regulamentada, além-fronteiras.

Para tal, o fecho do caderno de especificações que teve lugar no passado dia 8 de abril, que tem como objetivo definir as normas e os trâmites a que esta arte terá de obedecer, para poder ser designada por “Filigrana de Portugal”, vai permitir uma utilização mais fidedigna e segura da filigrana nas mais variadas peças, desde a joalharia ao vestuário, à decoração e aos mais diversos e originais artigos.

Visto que a técnica prevalece essencialmente a Norte, no nosso País, onde já é reconhecida como identidade geográfica da região, Póvoa de Lanhoso e Gondomar uniram-se, apesar das suas particularidades, para darem o primeiro grande passo que, num futuro cada vez mais palpável, levará a filigrana, agora “Filigrana de Portugal”, numa longa viagem à conquista do Mundo, de novos apreciadores  e de mercados cada vez mais internacionais.

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