A Câmara de Monchique com a participação especial das crianças e jovens do Concelho prestaram uma emotiva homenagem, no dia da árvore, ao maior exemplar da Europa da Magnólia-sempre-verde (Magnolia grandiflora L.) do Convento de Nossa Senhora do Desterro, em Monchique, mosteiro franciscano cuja fundação data de 1631.
Em sua homenagem, a autarquia levou a cabo, com o apoio dos mais novos, a plantação de duas jovens árvores, uma de 8 metros e outra de 5 metros, do mesmo exemplar no local, bem como outras quatro, duas na Escola Manuel do Nascimento (E.B 2.3) e outras duas no Parque da Vila. Todos os alunos, receberam 500 sementes de Magnólia-Sempre-verde, para que estas plantem, cuidem e assim, no futuro se possam admirar as Magnólias do concelho de Monchique.
Claro destaque também para a oferta às crianças do Concelho, por parte do Município de Monchique, de um objeto simbólico, feito de madeira da Magnólia do Convento evocativo da Homenagem que hoje lhe foi prestada.
Preservar a memória coletiva, partilhando-a com os mais jovens, levando-lhes as estórias que se contam sobre a antiga magnólia. Plantar esta espécie que tantas emoções e recordações traz aos habitantes de Monchique, foi o objetivo desta iniciativa realizada em pleno Dia da Árvore que contou com o apoio das Escolas do Concelho.
Esta oferta das sementes da Magnólia-sempre-verde (Magnólia grandiflora L.) teve como lema:
“Vamos fazer renascer a Magnólia e ajudar a semear esta ideia!
Semeie, plante e cuide da sua Magnólia!
As gerações futuras e o ambiente agradecem!”
Nota sobre a magnólia do Convento:
De acordo com a História, a Magnólia terá sido trazida pelo fundador do convento Dom Pero da Silva, Vice-Rei da Índia, numa das suas viagens.
Esta árvore foi classificada de interesse público em 08 de maio de 1947. Este exemplar tinha um diâmetro de copa de 30 m, um perímetro do tronco (a altura de 1,30m) de 5,58 metros e uma altura de 27 metros, sendo a idade estimada superior a 200 anos.
A primeira referência escrita a este exemplar (que a autarquia tem conhecimento) remonta ao ano de 1915 no Boletim Trimestral da Associação Protetora da Árvore, referindo-se-lhe como “a soberba Magnólia de Monchique que representa a melhor árvore, do género, de que por enquanto temos conhecimento”.
O declínio da Magnólia tornou-se visível na última década. O primeiro sintoma foi a queda generalizada das suas folhas, iniciando-se a sua progressiva decadência até à queda em 2016.
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