A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha organiza no próximo domingo, 11 de dezembro, o tradicional Concerto de Natal com a Orquestra Filarmonia das Beiras. O espetáculo terá lugar às 19h00, na Igreja Matriz de Albergaria-a-Velha, com entrada livre.
A Orquestra Filarmonia das Beiras, sob a direção do maestro António Vassalo Lourenço, interpreta as obras “Oratória de Natal, Op.12”, do compositor francês Camille Saint-Saëns, e “Vesperae Solennes de Confessore, K.339”, do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart. A acompanhar a orquestra está o Coro do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro e os solistas Isabel Alcobia (soprano), Susana Teixeira (mezzo-soprano), Ema Viana (contralto), André Lacerda (tenor) e Tiago Matos (barítono). Destaca-se ainda a participação dos músicos Rute Martins, no órgão, e Eleonor Magalhães, na harpa.
A Igreja Matriz de Albergaria-a-Velha, onde decorre o Concerto de Natal, data do final do século XVII, tendo sido edificada sobre o antigo templo medieval, que se encontrava em ruínas. Consagrada a Santa Cruz, a Igreja foi restaurada na década de 1990, tornada num espaço mais amplo, com capacidade para colher concertos, como o da Orquestra Filarmonia das Beiras. A Igreja dispõe de um órgão de tubos, recentemente restaurado.
Do repertório do Concerto, a “Oratória de Natal, Op.12” foi composta quando Camille Saint-Saëns tinha apenas 23 anos e estreou no Natal de 1858. O texto foi retirado de diferentes ofícios e missas referentes a celebrações do Natal e do Advento. Tem a particularidade de ser apresentada em Latim, numa época em que os compositores franceses já compunham as suas obras sacras na língua de origem.
Mozart compôs “Vesperae Solennes de Confessore, K.339” em 1780 para uso litúrgico na Catedral de Salzburgo quando estava ao serviço do Arcebispo Colloredo, conhecido por ser autocrático e desagradável para quem trabalhava sob a sua alçada. A obra apresenta características barrocas, das quais Mozart se iria afastar no futuro, e o texto é composto por cinco salmos e o Magnificat, que concluía os serviços das Vésperas, celebradas no final do dia.
A Orquestra Filarmonia das Beiras é composta por 23 músicos de cordas de diversas nacionalidades e é dirigida artisticamente pelo maestro António Vassalo Lourenço, desde 1999. Do seu reportório constam obras que vão desde o século XVII até à atualidade, com particular importância dada à interpretação de música portuguesa, quer ao nível da recuperação do património musical, quer à execução de obras dos principais compositores dos séculos XX e XXI.