Évora, Sociedade

Revitalização do Centro Histórico de Évora na base do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano

Em sessão pública realizada ontem, dia 22 de Novembro, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Évora, foram apresentados os projetos que constituem as bases do Programa de Revitalização do Centro Histórico de Évora, o qual tem no PEDU – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano – a sua principal fonte de financiamento.

No ano em que se comemora o 30º aniversário da classificação de Património Mundial pela UNESCO, a Autarquia propõe um plano de revitalização para o Centro Histórico que abrange diversas áreas estratégicas. O conjunto de intervenções planeadas irá trazer importantes alterações qualitativas ao tecido urbano intramuros e em consequência à qualidade de vida dos eborenses e dos que visitam a cidade.

O Programa de Revitalização do Centro Histórico prevê um investimento que poderá ultrapassar os 15 milhões de euros até ao ano de 2020. Segundo referiu o Presidente da Câmara, a conceção deste plano, desde a respetiva definição estratégica, prioridades, até às opções de intervenção mais diretamente localizadas, resultou da estreita colaboração com as diversas instituições públicas e privadas. Segundo o autarca, o trabalho em rede e a cooperação institucional é determinante no sucesso da preservação do Centro Histórico e da sua gestão perspetivada para o futuro.

Nesta linha deverá ter-se em consideração algum trabalho que já foi realizado, nomeadamente a implementação de um plano de limpeza pública, a avaliação diagnóstica do espaço público, a intervenção realizada nas arcadas, obras pontuais nas acessibilidades em espaço público, para além da atenção especial dedicada aos edifícios degradados em colaboração com os respetivos proprietários. A animação cultural tem sido também uma área de intervenção importante no Centro Histórico, com diversas iniciativas sempre em cooperação com os agentes e as associações de freguesias.

Das intervenções que constam do plano e serão candidatadas a financiamento, o Presidente da Câmara destacou as seguintes: o edifício dos Paços do Concelho, incluindo as Termas Romanas; o Teatro Garcia de Resende, com maior incidência nas questões de segurança e conforto; o edifício das Ex-Rodoviária, que se prevê dotar de condições para receber os serviços atualmente sediados no Parque Industrial, e condições para centralizar o atendimento público da Câmara; o antigo Salão Central Eborense, onde se pretende que venha a ser criado um espaço multiusos com condições para a realização de atividades culturais.

Para além destas prevê-se a concretização da Rede Museológica Polinucleada, um plano que pretende de forma integrada organizar os diversos espaços museológicos do concelho, proporcionando melhor qualidade de informação em condições ideais para os visitantes; na área da mobilidade, está prevista a requalificação do parque de estacionamento nas traseiras do Teatro Garcia de Resende e a ligação pedonal e ciclável da cidade aos bairros da zona norte.

Estão ainda planeadas intervenções em parceria com diversas instituições como a União de Freguesias do Centro Histórico, Fundação Eugénio de Almeida, Ministério da Defesa Nacional, Universidade de Évora e Santa Casa da Misericórdia. Com base num acordo com a Universidade, será possível continuar a requalificação da Escola de S. Mamede.

Na área do turismo, foram convidadas as Câmaras do distrito para integrar um projeto de âmbito regional que, no caso de Évora, prevê a criação de um centro de acolhimento para turistas que envolve o Palácio de D. Manuel, o Mercado 1º de Maio, e o Museu de Artesanato.

Na área da cultura a Câmara Municipal candidatou um projeto que designou por “Confluências”, que compreende uma série de iniciativas com origem em várias instituições da cidade. Está ainda prevista a organização de uma Conferência Internacional, no âmbito da qual se pretende que venha a ser atribuída a menção de “Região Criativa” ao Alentejo Central.

Para além destes, serão ainda candidatadas outras intervenções de menos impacto, que no conjunto deverão representar um investimento de cerca de 1 milhão de euros.

Por último, o Presidente da Câmara não deixou de referir a organização da 2ª Edição da Meia Maratona de Évora, que se realizará já no dia 27 de Novembro, como um bom exemplo de animação e revitalização do centro histórico precisamente pela sua ligação ao Património. O objetivo será ultrapassar o número de 6.000 participantes do ano passado, garantindo assim a continuação do respetivo sucesso. A novidade da presente edição será a de integrar o Campeonato do Mundo para pessoas com deficiência intelectual, o que deverá contribuir para o aumento da projeção de Évora.

 

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