De 4 a 8 de julho, o Município da Póvoa de Lanhoso promove a 1ª Residência Artística de Ecoarte, no Parque do Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos, envolvendo mais de uma dezena de artistas nacionais (dois locais) e quatro italianos.
O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, destaca a importância das parcerias na valorização dos recursos do concelho e confessa ser “um dos mais curiosos em saber o resultado desta 1ª Residência Artística”. Apontando que, ao logo dos seus três mandatos, já foram plantadas mais de mil árvores, Manuel Baptista resume: “Somos amigos do ambiente e gostamos de aprender com quem sabe”. Para o Presidente, esta iniciativa irá contribuir para valorizar o Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos e torná-lo mais atrativo. “Fico muito orgulhoso em ter este Carvalho de Calvos na Póvoa de Lanhoso, com este espaço”, refere.
A iniciativa foi apresentada aos jornalistas na tarde de 20 de junho, à sombra do majestoso Carvalho de Calvos, pelo Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, pelo Vereador para a Cultura e Turismo, André Rodrigues, e pelo representante do Laboratório da Paisagem de Guimarães, Jorge Cristino, visto que se pretende formalizar uma parceria com esta entidade para monitorização da Residência Artística. Este responsável entende que a colaboração que se pretende firmar poderá evoluir para a troca e partilha de boas práticas, de experiências, mas também de recursos e de conhecimento, de informação de questões ligadas ao ambiente e ao desenvolvimento sustentável. Estabelecida está já uma parceria com a Escola Superior da Gallaecia, de Vila Nova de Cerveira.
Potenciar o ex libris natural, o centenário Carvalho de Calvos e o seu parque e iniciar a formação dos Povoenses para a importância da ecoarte são alguns dos objetivos da iniciativa, conforme destaca o Vereador da Cultura e Turismo da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, André Rodrigues.
Os Povoenses estão convidados a fruir o resultado desta Residência Artística, mas, para além desta, vai existir um programa em que podem participar e que envolve aulas de pilates (nos dias 5 e 7 de julho, pelas 19h30) e a tertúlia “Regresso à Terra” pela Genmundus (no dia 6 de julho, pelas 21h00). O encerramento, com visita aos trabalhos e explicação dos mesmos pelos artistas, está marcado para as 19h00 de 8 de julho.
Estes mesmos trabalhos irão permanecer no Parque do Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos para que possam ser apreciados pela população.
À sua espera, os artistas participantes terão ainda um programa cultural, que visa dar a conhecer o concelho (Theatro Club, Castelo de Lanhoso, Barragem das Andorinhas, DiverLanhoso…) e a região.
O Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos (CICC) é o polo centralizador da educação e sensibilização para a temática ambiental no Concelho da Póvoa de Lanhoso. É no seu Parque que está se encontra o conhecido carvalho de Calvos (Quercus robur), classificado, em 1997, como Árvore de Interesse Público. Estima-se que, pela sua idade (cerca de 500 anos), seja o Carvalho mais antigo da Península Ibérica e o segundo mais antigo da Europa. Trata-se, provavelmente, do maior carvalho existente no nosso país, apresentando um perímetro do tronco na sua base de 12 metros, uma copa com o diâmetro de cerca de 40 metros e uma altura aproximada de 30 metros. Por isso, nas instalações do CICC, existe o observatório do Carvalho de Calvos.
Embora não haja uma definição clara, considera-se que a arte ecológica ou Ecoarte é um tipo de arte contemporânea criada por artistas que se preocupam com a situação local e global do ambiente.