A Câmara Municipal de Seia deu início, esta segunda-feira, ao projeto de dinamização de uma Rede de Turismo Industrial no Concelho, designado por “Rotas da Eletricidade”.
Esta iniciativa permitirá a criação de um itinerário turístico-cultural em torno de um conjunto diversificado de elementos de que o nosso Concelho dispõe, ligados ao património industrial.
Nesta primeira fase, subscreveram os Acordos de Colaboração que regulam esta parceria quatro empresas ligadas a setores produtivos tradicionais da região da serra da Estrela e do concelho, concretamente os Curtumes Fabrício, a Lacticínios Correia & Barreiras, a Mesclalva e as Malhas Pinto Lucas.
A iniciativa decorreu ontem à tarde, no Museu Natural da Eletricidade, por ocasião do quinto aniversário deste espaço museológico. Na altura, o Presidente da Câmara Municipal de Seia, Filipe Camelo explicou a importância do projeto que, por um lado, dá a conhecer a atividade das empresas e, por outro, “capacita mais a oferta turística do concelho”, em complemento ao turismo de natureza, prolongando a estadia do turista no território.
Para além dos acordos estabelecidos com as referidas empresas, a Câmara celebrou ainda outro acordo de colaboração com a União das Freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros, a arqueóloga Rita Saraiva e Joaquim Camello, com o objetivo de valorizar o Castro de São Romão.
Trata-se de uma parceria que conta com a disponibilidade de pessoas singulares e de instituições que se preocupam com a salvaguarda do património cultural e histórico da nossa região. Este projeto recebe o apoio particular do proprietário do terreno onde se encontra implantado o Castro, assim como de uma arqueóloga que, em regime de voluntariado, se disponibiliza para assumir a direção técnica dos trabalhos a desenvolver.
O povoado do Castro de São Romão foi descoberto por Martins Sarmento aquando da Expedição Cientifica à Serra da Estrela, em 1881. Trata-se de um povoado característico do Bronze Final na zona centro do país, com um inegável valor histórico e arqueológico reconhecido pela comunidade científica.
Este conjunto, associado ao Santuário de Nossa Senhora do Desterro e ao Museu Natural da Electricidade, será um complemento à oferta cultural que abrange o património histórico, industrial e religioso na região.
As comemorações seguiram com a apresentação da intervenção técnica efetuada no Grupo Gerador de 1913, um equipamento interativo que simula o seu funcionamento na época e enriquece a visita a esta central museu. Esta valorização do património industrial, à guarda do Museu Natural da Electricidade, teve o apoio financeiro da Fundação EDP.
Posteriormente, a autarquia procedeu à abertura da nova exposição temporária do Museu Natural da Electricidade dedicada ao tema “A RTP a preto e branco”. A exposição, patente no museu até 1 de maio de 2017, é representativa dos primeiros passos dados para a transmissão televisiva em Portugal, a partir de 1956.
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