A ação desenvolvida na Mata do Desterro (na localidade da Senhora do Desterro) compreende a execução de parcelas de um Plano de Fogo Controlado em Pinhal, que configura o uso técnico do fogo em áreas de risco de incêndio, estando o mesmo a ser realizado sob responsabilidade de um técnico credenciado, através do Serviço Municipal de Proteção Civil de Seia.
O objetivo da intervenção com o uso do fogo na Mata do Desterro é a Defesa da Floresta Contra Incêndios, mais concretamente a redução por via do fogo controlado da carga de combustíveis finos e mortos, maiores responsáveis pela propagação do fogo nos incêndios. Desta forma, facilitam-se as operações de supressão, pois a velocidade de propagação e a intensidade da frente de chamas passarão a ser substancialmente inferiores, em caso de incêndio florestal, dificultando em simultâneo a subida do fogo as copas das árvores, por interromper a continuidade vertical dos combustíveis.
As parcelas a tratar foram escolhidas por serem a porção arborizada com pinheiro bravo da Mata do Desterro que não ardeu no grande incêndio de 2010, tendo sido contido o incêndio no caminho acima destas parcelas, o que demonstra a necessidade de proteger esta área relativamente a incêndios.
A ação está enquadrada no Plano de Fogo Controlado, aprovado em sede de reunião da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Seia, em 11 de maio de 2012. A execução deste plano teve início a 25 de novembro de 2015, tendo sido tratados pelo uso do fogo, até então, cerca de 4,7ha em dois dias de queima.
A área em questão insere-se numa propriedade sob gestão do Município de Seia, conhecida como Mata do Desterro (na localidade da Senhora do Desterro), que possui Plano de Gestão Florestal aprovado pelo Instituto de Conservação da Natureza e Floresta – ICNF. Esta propriedade, que possui cerca de 131ha, foi alvo de uma intervenção para criação de Rede primária de Faixas de Gestão de Combustível e de Mosaicos de Parcelas de Gestão de Combustível, em 2014, no âmbito de uma candidatura apresentada pelo Município de Seia ao PRODER, o que contribuiu igualmente para o atraso na execução do plano de fogo controlado, mas permitiu o desbaste do pinhal e a limpeza de matos, facilitando a queima e permitindo obter melhores resultados com o uso do fogo.
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