A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis subscreveu, com mais 13 municípios, a constituição da associação “Caminhos de Fátima”, um projeto destinado a criar uma alternativa mais segura para o caminho que os peregrinos fazem a pé até ao santuário de Fátima.
“A segurança dos peregrinos é muito importante e a nossa adesão ao projeto tem a ver com essa necessidade uma vez que o nosso município é atravessado por milhares de caminhantes e nem sempre são acauteladas as questões de segurança”, afirma Hermínio Loureiro, presidente da autarquia.
“Temos procurado criar condições logísticas de apoio no que se refere ao alojamento temporário e à assistência mas a nossa preocupação agora recai sobre a segurança dos peregrinos”, explica o autarca.
A urgência de garantir outras condições aos caminhantes levou a autarquia “a não hesitar um segundo em aderir a um projeto que, esperamos, tenha obra no terreno nos próximos tempos para que a vinda do Papa Francisco a Fátima, em maio de 2017, coincida já com a existência de um caminho alternativo para todos os que se deslocarem ao santuário”.
Os responsáveis da associação apontam como “timing” para a execução do projeto o ano de 2017, altura em que se celebra o centenário das aparições de Fátima.
O concelho de Oliveira de Azeméis é um município de atravessamento obrigatório, atualmente sem alternativas de qualidade para os peregrinos. Uma realidade que, segundo Hermínio Loureiro, vai mudar com a intervenção que será feita no troço entre as cidades do Porto e Fátima, numa extensão de 212 quilómetros.
O estudo efetuado permitiu definir um caminho alternativo, do qual 96% se desenrolará fora das estradas nacionais, com apenas um acréscimo de 8% na distância total do percurso.
No que se refere ao município de Oliveira de Azeméis, o autarca garante que “os peregrinos irão ter alternativas seguras e com qualidade, retirando-os das estradas nacionais”.
Segundo Hermínio Loureiro, “as melhorias passam pela colocação de sinalização adequada e requalificação de caminhos secundários” estando as mesmas inseridas na intervenção global que ligará o Porto ao santuário de Fátima, troço que é percorrido por 80% dos peregrinos.
O projeto permitirá recuperar património como, por exemplo, calçadas romanas e canais ferroviários desativados. O novo itinerário religioso, cultural e turístico, que terá 3,5 milhões de comparticipação financeira dos Programas Operacionais do Norte e do Centro, levará os viajantes a atravessar margens ribeirinhas, caminhos rurais e povoações que passarão a integrar o novo percurso.
O município de Oliveira de Azeméis integra os órgãos diretivos da Associação “Caminhos de Fátima” ocupando a Mesa do Conselho Geral.
Além de Oliveira de Azeméis, integram a associação os municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Coimbra, Condeixa, Leiria, Mealhada, Ourém, Pombal, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Soure e Vila Nova de Gaia.