Mangualde acolhe, no próximo sábado, dia 23 de janeiro, a apresentação da obra «As nossas raízes: o passado e o presente» da autoria da mangualdense Celeste Almeida. O encontro terá lugar pelas 15h30, na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, e contará com as presenças de João Azevedo, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, e de Celeste Almeida, autora da obra que será apresentada.
Celeste Almeida nasceu em Canedo do Chão, uma pequena aldeia pertencente à freguesia de Mangualde, no distrito de Viseu. Reside, desde há largos anos, em Ribolhos, no concelho de Castro Daire, vila serrana pertencente ao mesmo distrito. Elegeu como profissão a docência, e cumpriu largos anos de ensino com amor e profissionalismo. Amante da sabedoria popular, e da cultura local, foi registando na memória e no coração, as várias formas de ser e estar das gentes rústicas das aldeias serranas que, na sua simplicidade, a acolheram e amaram como filha da terra. No momento, e para além da escrita, assume, desde 1997, a presidência da Associação, Rancho Flores da Aldeia de Mosteirô, grupo que tem representado o Montemuro e as suas gentes por todo o país, e que inclui também um grupo de teatro. Colabora na Rádio Limite de Castro Daire, com programas de criação própria, meio, através do qual, vem conquistando um auditório cada vez mais vasto. É redatora do quinzenário Diário Notícias de Castro Daire. Tem atividades com crianças da creche e dos primeiros anos do ensino básico no período pós-escolar, como um prolongamento no apoio aos pais e familiares que estão a trabalhar. Entre outras atividades de maior ou menor envergadura.
A OBRA «AS NOSSAS RAÍZES: O PASSADO E O PRESENTE»
«As Nossas Raízes, o Passado e o Presente» é a sua primeira publicação, em livro, embora, tenha já participado em algumas antologias. Celeste Almeida abraçou com “a doçura do seu gesto e com a naturalidade da sua palavra”, as aldeias montemuranas, durante os anos que por ali lecionou, ensinando e aprendendo com a simplicidade e originalidade rústica de pessoas a quem muito carinhosamente chama de “MEU POVO. Foi, porém, nos últimos dois anos, que mais se dedicou a pesquisar e a aprofundar os seus conhecimentos sobre as reais vivências destas gentes, estudando e comparando o pensamento ancestral com as múltiplas formas de pensar e encarar a atualidade. E fê-lo, talvez, melhor que os próprios antropólogos. Daí o título tão sugestivo deste livro «As Nossas Raízes, O Passado e o Presente».
É um livro apaixonante, pleno de conteúdos, onde a autora registou memórias, encontros e desencontros, paixões múltiplas… “Livro de amores dispersos… Pela serra e pelo vale…” (como diz o prefácio), onde Celeste Almeida agradece pelo aprendizado adquirido e partilhado, onde a saudade aperta e as lágrimas se juntam ao caudal do rio Paiva, tão límpidas e puras como as águas que por ele escorrem. “É a fome e a fartura das terras e das águas. A palavra e o gesto de quem ama e de quem sofre.
A festa dos sentidos… Cores e sabores, aromas, ruídos e silêncios… Musicalidade… O toque rugoso de tantos rostos. A finura aveludada de tantas almas… Canções ao vento e gritos abafados na revolta dos dias…” em suma… “A dignidade de um povo na afirmação da sua identidade…” descritos no prefácio por Aurora Simões de Matos… É um livro de contrastes, sem deixar de ser, também, pura poesia.
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