O plano de ação nacional contra a vespa das galhas do castanheiro, uma praga muito perigosa que pode destruir nas regiões afetadas até 80 por cento da produção da castanha, foi assinado na cidade de Lamego, na presença de representantes de dezenas de entidades, nomeadamente da Associação Portuguesa da Castanha – RefCast, instituições de inovação e desenvolvimento e municípios. Não excluindo outras alternativas, a luta biológica tem sido até ao momento o processo mais eficaz no controlo desta praga que foi detetada no nosso país pela primeira vez em maio de 2014. Em Lamego, o aparecimento dos primeiros focos de infestação remontam a abril deste ano. Por esta razão, a Câmara Municipal de Lamego integra este plano nacional que visa financiar a luta biológica.
Tendo como observadores as direções regionais de agricultura e pescas do Norte e Centro, a colaboração de todos os agentes da fileira da castanha é considerada imprescindível para combater esta praga. A implementação de medidas que visam o controlo da vespa das galhas do castanheiro culminou com a realização das primeiras largadas experimentais do parasita “Torymus Sinensis” que se alimenta das larvas da vespa nas zonas onde tecnicamente esta opção foi recomendada. Após a rebentação do castanheiro, este ano foram detetados novos focos em Trás-os-Montes, Beira Alta e Madeira, elevando para mais de 100, o número de freguesias afetadas. Em 2016, o número de largadas deverá ser determinado em função dos resultados de monitorização que decorrem no terreno. Manuel Cardoso, diretor da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, presente na cerimónia, sublinhou que os municípios, no âmbito deste processo, são um elo fundamental na promoção do desenvolvimento regional e defesa das populações.
A produção nacional de castanha está estimada pela RefCast em cerca de 47500 toneladas/ano, fazendo de Portugal um dos maiores produtores europeus.
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