O filme filipino ‘Paraíso’, de Nash Ang, sobre os efeitos do Grande Tufão Haiyan, é o vencedor do Grande Prémio Cine’Eco 2015. Na competição em língua portuguesa, o Prémio Lusofonia foi para o filme brasileiro ‘Tapajós: Um Rio em Disputa’, de Marcio Isensee e Sá, sobre a luta das populações locais contra a construção de barragens, na bacia de uma das belas paisagens do oeste do Pará.
O Grande Prémio CineEco 2015 foi atribuído ao filme ‘Paraíso’, de Nash Ang, um documentário ao estilo ‘cinema direto’, que mostra a vidas das pessoas e crianças filipinas um mês após a passagem do Super Typhoon Haiyan em 2013, um dos tufões mais fortes registados na Terra, como consequência das mudanças climáticas.
Ainda nas longas-metragens, o Prémio Antropologia Ambiental foi para o filme canadiano ‘Todo o Tempo do Mundo’, de Suzanne Crocker, que conta a experiência radical de uma família, um casal com três filhos, que viveu nove meses numa cabana na mata gelada do norte do Canadá sem eletricidade, água corrente, comunicações e relógios. Este filme foi também o vencedor do Grande Prémio da Juventude.
O Prémio Educação Ambiental foi concedido a ‘Contenção’, de Peter Galison & Robb Moss, (EUA), um didático ensaio sobre os perigos da energia nuclear, as matérias e resíduos indestrutíveis que vão perdurar indefinidamente na natureza.
Na categoria de Curtas-metragens e Séries e Documentários de Televisão, o Júri Internacional atribuiu o Prémio Curta-Metragem Internacional à animação espanhola ‘João e a Nuvem’, de Giovanni Maccelli, a fábula de um menino que troca a amizade com uma nuvem pelo mundo cinzento dos adultos. O Prémio Série e Reportagem de Televisão foi arrecadado pelo filme sueco ‘Passar-se’, de Carl Javér, um mosaico histórico sobre uma comunidade alternativa criada do início do século XX, em Ancona na Suiça, que antecipa o modo de vida do movimento hippie dos anos 60.
Na competição em língua portuguesa, o Prémio Lusofonia foi atribuído ao filme brasileiro ‘Tapajós: Um Rio em Disputa’, de Marcio Isensee e Sá, um documentário que retrata a luta das populações contra a construção de sete barragens previstas pelo governo federal para a bacia do rio Tapajós, e que vão afetar a vida dos ribeirinhos e indígenas.
O Júri da Lusofonia atribuiu, ainda, o Prémio Lusofonia Panorama Regional a ‘A Doença da Murchidão do Pinheiro na Europa’, de Paulo Leitão e Tiago Cerveira, de Oliveira do Hospital, sobre a prevenção e combate a esta doença que tem afetado estas árvores características das nossas paisagens. Este filme foi, ainda, condecorado com o mesmo galardão atribuído pelo Júri da Juventude.
O CineEco 2015 fechou com chave de ouro, com um debate sobre as Alterações Climáticas. A conferência, que decorreu no CISE-Centro de Interpretação da Serra da Estrela durante a tarde deste sábado, contou com os contributos de Carlos Filipe Camelo (Presidente do Município de Seia), Francisco Ferreira (Quercus), D. Manuel Felício (Bispo da Guarda), Filipe Duarte Santos (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) e Francisco Teixeira (Agência Portuguesa de Ambiente). À noite teve lugar na Casa Municipal da Cultura a Cerimónia de Encerramento e Premiação, coma presença do apresentador Júlio Isidro. A programação da 21ª edição do CineEco deu-se por terminada com a projeção do filme, extracompetição, ‘Muros e o Tigre’, de Sushma Kallam (EUA/India), um documentário sobre a necessidade de um equilíbrio entre o progresso económico, inclusão social e defesa do ambiente.
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