Há cerca de dois anos, José Cardoso começou a fotografar a cidade que o adotou, quando chegou de Benguela (Angola), aos 26 anos. Como o próprio descreve, são “olhares atentos e aleatórios de detalhes relevantes de S. João da Madeira”, que podem ser apreciados na Biblioteca Municipal, de 4 a 30 de setembro.
Intitulada “Momentos Dispersos – S. João da Madeira entre o Passado e o Presente”, a exposição reúne pequenos, mas significativos, pormenores captados pela lente deste fotógrafo autodidata, sem frequência de qualquer formação relevante nesta área, mas que domina “o mais difícil de uma máquina semiprofissional: o modo manual”.
Todas as imagens – “despretensiosamente expostas”, como afirma o autor – não tiveram tratamento digital de realce. “Apenas alguns retoques, a nível de luminosidade e contraste ou de cor, para lhes conferirem mais força e beleza”, para o que também contribuem os poemas que as acompanham, da autoria de Conceição Cardoso, sua “esposa e amiga há mais de 40 anos”.
Desde criança, José Cardoso manifestou a necessidade de descobrir e revelar o lado “escondido” das coisas – “o belo que o feio pode esconder”. O seu percurso profissional na banca, após a saída de Angola, fez com que tivesse de manter esse lado em “hibernação”.
O despertar para a fotografia aconteceu há cerca de dois anos, primeiro para arquivo pessoal, depois partilhado nas redes sociais e agora – incentivado por familiares e amigos – em exposição ao público, na Biblioteca de S. João da Madeira.
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