Desporto

Mar de gente no Marquês confirmou sucesso da Volta

VencedorVoltaPortugal2015O espanhol Gustavo Veloso (W52/Quinta da Lixa) confirmou, este domingo, em Lisboa, a vitória na 77ª Volta a Portugal Liberty Seguros, como era expectável, depois de bater a concorrência no contrarrelógio da penúltima tirada. A 10ª e derradeira etapa foi ganha por Matteo Maluccelli (Team Idea 2010 ASD), o mais rápido no sprint da Avenida da Liberdade. Atrás de Maluccelli cortou a meta o colega de equipa Davide Vigano e Eduard Prades (Caja Rural-Seguros RGA).

A vitória foi para o italiano, mas as atenções estiveram centradas, desde a partida em Vila Franca de Xira, no homem da Volta 2015: o espanhol Gustavo Veloso, Camisola Amarela Liberty Seguros desde a 2ª etapa com final na Serra do Larouco (Montalegre). Sorridente, disse no fim, que o ingrediente principal para ganhar a Volta pela segunda vez consecutiva é o sacrifício. “É preciso sacrificar muitas coisas na vida. Sacrificamos o tempo com a mulher e com os filhos em prol de estágios, para estarmos na melhor forma. Se a Volta não fosse tão importante como é para mim, não sacrificaria todas essas coisas.”

O pódio final no coração de Lisboa ficou completo com dois corredores da equipa Efapel, o português Jóni Brandão, no segundo lugar e o espanhol vencedor da Volta 2013, Alejandro Marque. Para além de ser coroado Rei da Volta 2015, perante um mar de gente que inundou a Praça Marquês de Pombal, Gustavo Veloso (W52-Quinta da Lixa) terminou a competição no topo da Classificação dos Pontos, Camisola Vermelha Banco BIC, ao ser o mais regular em prova, o que lhe valeu também o Prémio Kombinado KIA, fruto do somatório das diferentes classificações.

Nos festejos de encerramento tiveram também destaque Bruno Silva (LA Alumínios-Antarte), vencedor do Prémio da Montanha, Camisola Azul Fundação do Desporto e o jovem russo Aleksey Rybalkin (Lokosphinkx) que venceu a classificação da Juventude, Camisola Branca RTP. Coletivamente a equipa do líder, a W52-Quinta da Lixa, foi a melhor.

 

Etapa de Consagração

Antes do Grande Final, em Lisboa, a Volta montou arraiais em Vila Franca de Xira. As gentes da terra, habituadas a outras corridas, aplaudiram os “touros do asfalto”, que tinham de cumprir os últimos 132,5 quilómetros da competição. Em etapa de consagração já se previa que fossem os festejos a fazerem parte da tirada. Foi assim durante mais de 50 quilómetros, onde houve direito a cumprimentos e “selfies” no pelotão. A calma da caravana era evidente pela média da primeira hora: apenas 30 quilómetros.

Depois desta animação, quatro homens quiseram “dar nas vistas” e evidenciaram-se na frente de corrida. O perfil da chegada convidava a um espetáculo de alta velocidade, onde os sprinters podiam ser protagonistas pela última vez. E assim foi. O quarteto rolou junto cerca de 50 quilómetros e já no centro da capital, quando faltavam 10 quilómetros para a meta começou a desfazer-se engolido pelo grande grupo que depois aproveitou a beleza e a rapidez da fantástica Avenida da Liberdade com um cordão humano imenso e colorido a assistir à aceleração para a meta junto ao Marquês. Contabilizadas todas as pessoas que, desde a partida, vieram para a beira da estrada, indiferentes ao calor ou que acompanharam a etapa através da emissão da RTP, estaremos a falar de uma assistência de milhões de pessoas para quem a Volta, cada vez mais, é um acontecimento de relevo que não deixa ninguém indiferente.

 

Também houve Volta em Passeio

Vila Franca de Xira e Lisboa foram também este domingo protagonistas da 1ª edição do “Passeio da Volta”. Pouco depois da partida da derradeira etapa, no Parque Urbano de Vila Franca de Xira, 400 cicloturistas, entre eles o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o Vereador do Desporto da autarquia vila-franquense, António Félix, iniciaram um percurso de 34 Km, rumo à Avenida da Liberdade, em Lisboa, palco da apoteose da 77ª Volta a Portugal Liberty Seguros.

 

 

Momento do Dia

“Para ganhar a Volta a Portugal, é preciso amar a Volta a Portugal” 

Este é o quarto ano consecutivo em que um galego, a correr numa equipa nacional, ganha a “portuguesa”. Depois de David Blanco e Alejandro Marque, Gustavo Veloso comemorou a vitória pelo segundo ano consecutivo.

Para Gustavo Veloso há uma explicação para os galegos dominarem. “Muitos de nós aprendemos a ser ciclistas em Portugal, é aqui que temos essa oportunidade. O que somos hoje deve-se a Portugal.” Tal como em 2014, o corredor da W52-Quinta da Lixa conquistou a liderança na chegada à Serra do Larouco (Montalegre), e com ajuda da equipa, cujo trabalho se destacou ao longo de toda a competição, manteve sempre o primeiro lugar até ao fim. Com 35 anos, nascido em Villagarcia de Arosa, na Galiza, Veloso viveu, este domingo, uma vez mais, um episódio feliz e de paixão eterna: “Para ganhar a Volta a Portugal, é preciso amar a Volta a Portugal”.

 

Volta 2016 termina em contrarrelógio

Em plena festa no Marquês de Pombal, e terminados 11 dias de competição com mais de 1550 quilómetros pedalados, o diretor da Volta a Portugal, Joaquim Gomes, anunciou que a próxima edição vai terminar com uma prova de contrarrelógio. As decisões finais da 78ª Volta a Portugal estarão reservadas para o percurso entre Vila Franca de Xira e Lisboa.

 

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