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Figueiredo assinala encontro histórico entre bispos do Porto e Coimbra em 1114 – Oliveira de Azeméis

900 anos Figueiredo logoAmanhã, dia 30 de dezembro (terça-feira) a associação Figueiredo de Rey vai assinalar os 900 anos de um encontro histórico que ocorreu em Figueiredo. Nesse dia, há 900 anos atrás, os bispos do Porto, D. Hugo, e de Coimbra, D. Gonçalo, reuniram-se em Figueiredo, Pinheiro da Bemposta, concelho de Oliveira de Azeméis, para discutir os limites das duas dioceses. A diocese do Porto tinha acabado de ser criada e havia necessidade de definir as fronteiras a sul que na época confrontava com a diocese de Coimbra.

 

O encontro, que não foi conclusivo, terá sido o ponto de partida para um trabalho que demorou décadas já que a definição das fronteiras terá ficado definida já depois do estabelecimento do reino de Portugal em 1139.

Apesar de bastante antigo o encontro está largamente documentado com os relatos feitos pelas duas dioceses. A diocese de Coimbra registou a cimeira episcopal no Livro Preto da Sé de Coimbra, enquanto que a congénere do Porto o fez no Censual do Cabido da Sé do Porto.

A Associação Figueiredo de Rey vai assinalar esta data essencialmente porque se trata da mais antiga referência histórica conhecida do lugar que se supõe ter tido no período medieval e medieval tardio grande relevância, como são prova os forais atribuídos em 1258 e 1514.

Com esta cerimónia a associação Figueiredo de Rey associa-se também às comemorações da restauração da diocese do Porto que estão a ser comemorada pelo Cabido da Sé do Porto.

O encontro de há 900 anos centrado na questão territorial revela por um lado a importância da igreja na estrutura de poder da altura e por outro o quanto esse poder era disputado já que as ditas fronteiras entre as duas dioceses terão levado décadas a serem definidas. Embora a igreja não tenha hoje esse papel não deixa de exercer a sua influência junto do estado.

O encontro vai ser lembrado com uma contextualização histórica a cargo de Carlos Costa Gomes, docente e investigador do Instituto de Bioética, da Universidade Católica do Porto, seguido de uma tertúlia à volta do tema. O encontro dá início a uma série de iniciativas desenvolvidas pela Associação Figueiredo de Rey para aprofundar a história da localidade. Será ainda descerrada uma placa evocativa.

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