Durante o mês de novembro, o Diana Bar vai acolher uma Exposição de fotografia da autoria de Susana Vieira Ramos.
“Pikinini do Vanuatu: ao encontro da felicidade” é o título da exposição que poderá ser visitada de 1 a 30 de novembro no horário de funcionamento do espaço, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
Susana Vieira Ramos, Professora de Português para Estrangeiros, já apresentou, em abril deste ano, no Diana Bar, o livro “Gentes do Mundo no Fim do Mundo”, com textos e fotografias da sua autoria.
Apresentação do projeto “Pikinini do Vanuatu: ao encontro da felicidade”:
“Quem nunca ouviu falar do Vanuatu não sabe que este arquipélago de difícil acesso e constituído por cerca de noventa ilhas e ilhotas se situa na região da Melanésia, no Pacífico Sul, perto dos confins do mundo.
Com uma paisagem natural diversa, onde areia branca coexiste com areia preta vulcânica, o arquipélago é conhecido não só pelo mar de coral que banha as suas ilhas, mas também pelas tradições ancestrais e tribais que ainda conserva. Desenhos geométricos na areia que podem contar lendas antigas, danças e cânticos tribais que ligam o homem à terra e uso de trajes em palha fazem parte do quotidiano de um povo que caiu no esquecimento dos tempos modernos.
Sendo um dos países mais pobres do mundo, o Vanuatu é paradoxalmente considerado como o país onde as pessoas são mais felizes. Os seus habitantes cultivam a sua própria comida e bebem água da chuva previamente filtrada. Constroem as suas próprias casas, que na maioria das vezes são modestas cabanas feitas de bambu e com telhados de palmeiras, e pescam o peixe que partilham à noite com a comunidade, sentados no chão à volta de uma fogueira e a ouvir contos fantásticos relatados pelos mais velhos.
Este projeto nasceu pela vontade de explorar as ilhas de Efaté, Tanna, Espiritu Santo e Epi com o objetivo de contemplar uma realidade oposta à do ocidente e, em particular, a de Portugal, que atualmente agonia em tempos de crise. Como é que com tão pouco os vanuatuenses são os mais felizes do mundo? Partir ao encontro das crianças do país foi a chave de base para a minha empreitada. Como é que elas vivem sem televisão e sem playstation? Como é que brincam livremente por entre porcos, galinhas, cães e gatos selvagens até ao fim do dia, quando o sol se deita para acordar do outro lado do mundo? Como é que, em tenra idade, cultivam o quintal e vão à pesca a bordo de uma piroga em madeira, sem saberem o que é um iphone?” (Susana Vieira Ramos)
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