Celorico de Basto, Cultura

“Músicas da Revolução” integraram as comemorações dos “40 anos de Abril” em Celorico de Basto

 

músicas da revolução (2)Celorico de Basto recebeu mais uma edição das “Músicas da Revolução”, no dia 24 de abril, no cineteatro dos Bombeiros Voluntários Celoricenses, interpretadas pelos grupos locais.

 

“Estas comemorações são cruciais para recordar à população que a 25 de abril de 1974 decorreu um momento alto para o povo português. Um momento que trouxe liberdade de escolhas, de opções de vida. Que permitiu que toda a população tivesse direitos igualitários nos diferentes setores da sociedade, que saísse da opressão de palavras de ações e que, consciente dos deveres tivesse noção dos diretos adquiridos”, salientou o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Mota e Silva. “Estarmos todos juntos hoje, neste belo espetáculo, é também um dos efeitos da “Revolução de Abril”, salientou.

 

O espetáculo começou com um pequeno trecho teatral da responsabilidade do Grupo de Teatro Celoricense que deu ênfase a um dos muitos comunicados da liberdade lido pelo autarca celoricense. Terminada a revolução, deu-se início às “Músicas da Revolução”.

 

Foram vários os grupos locais a interpretar as músicas entoadas após a revolução de 25 de abril de 1974, a dita “Revolução dos Cravos”. Assim, refira-se a Universidade Sénior, Francisco Costa, Cooperartes, Miúdo Sandro, ClubedeMúsica.com, Prof. (s) de Música das AEC´s, e os Omni´s de acordo com a ordem de atuação.

 

O cineteatro esteve repleto para assistir a este importante momento cultural com a reinterpretação de músicas como “Venham mais cinco”, “O que faz falta”, “Vampiros”, “Depois do Adeus”, “Somos Livres” e muitas outras. Músicas de intérpretes que procuram incutir na letra a “verdade de Abril” com alusões repletas de simbolismo e significado. Destaque para José Afonso, Paulo de Carvalho, Luís Silia, Ermelinda Duarte, entre outros.

 

Ao longo do espetáculo Maria das Dores Vieira, representante da Associação de Pais da Escola da Mota, leu alguns poemas num dos quais salientou a nova “avalanche”, nova onda de imigração, de gente que emigra em busca de um futuro melhor, “novos tempos, realidade semelhante ao antes do 25 de Abril. Não partem a “salto” mas deixam para trás o país que os viu crescer, na busca de uma realidade que melhore a sua qualidade de vida”. Destaque para a leitura do poema da música de Pedro Abrunhosa “Para os braços da Minha mãe”.

 

Todos os presentes puderam ainda assistir à exposição digital de fotografias promovida pela autarquia celoricense designada “Antes e pós 25 de Abril” que esteve patente num quadro interativo durante todo o espetáculo. Nesta exposição estiveram retratados os momentos pessoais, casamentos, batizados, festas, paisagens, momentos familiares, e outros de gentes de Celorico de Basto.

 

Para terminar o espetáculo e como tem sido hábito a organização ofereceu um cravo a todos os presentes e a letra da “música da Revolução”, “Grândola Vila Morena”, que foi melodiosamente cantada por todos os presentes no cineteatro dos Bombeiros Voluntários Celoricenses.

 

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