O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, acompanhou, a visita da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, à fábrica A Poveira, sediada na Zona Industrial de Laundos, na Póvoa de Varzim.
Aires Pereira encarou a visita de Assunção Cristas como uma “garantia da ampliação desta unidade”.
O Presidente explicou que “há uma candidatura ao PROMAR (Programa Operacional Pesca), de cerca de 4 milhões de euros, para a ampliação desta unidade, o que significa “a garantia do aumento dos postos de trabalho a gente que de outra forma teria muita dificuldade em ter ocupação”, destacando o facto de se tratar de funcionárias com mais de 40 anos de experiência.
O terreno de 3925 metros2é propriedade da Câmara Municipal e, segundo Aires Pereira, “o Município tem obrigação de dar ajuda efetiva e irei propor que o terreno que está prometido vender A Poveira seja vendido ao preço de custo do Município até porque é um terreno que só tem proveito para esta fábrica e faz todo o sentido, em função do investimento que todos estão aqui a fazer que o Município também contribua de forma efetiva para esse investimento e para esta manutenção”.
Para o autarca, “é também a afirmação de uma marca poveira que é muito importante quer sob o ponto de vista daquilo que representa para a riqueza nacional quer mesmo para a nossa terra”.
Aires Pereira aproveitou ainda para falar de um outro projeto que lhe é “muito querido”, do Museu do Mar e da Conserva, que vai nascer nas antigas instalações d’A Poveira, na marginal sul da cidade. “As pessoas ligadas A Poveira têm, nesta altura, muito material guardado daquilo que eram os processos de fabrico e vamos articular com eles o projeto museológico para que tenha também uma componente comercial”. O autarca considera que é interessante, “sempre que alguém visite o espaço, poder ver como as conversas começaram e poder até degustar no restaurante que temos previsto para esse projeto. Daí fazermos deste projeto uma mais-valia não só industrial como também para o Turismo e para aquilo que é muito importante, a memória de todos relativamente à única fábrica de conservas que ainda existe no nosso concelho”.
A Ministra da Agricultura e do Mar justificou a sua visita com o propósito de “observar de perto e ver em concreto o dinamismo de mais uma fábrica portuguesa, novíssima e que está a trabalhar muitíssimo bem e que está a ajudar a economia do país e as nossas exportações”.
A este propósito, Assunção Cristas lembrou que “o setor conserveiro tem crescido a um ritmo muito expressivo: o ano passado, a 15,6%, desde 2011 já passa os 26% de crescimento desta área, o que tem motivado grandes investimentos. Neste caso, temos um investimento de 2,5 milhões de euros, suportado pelos fundos de apoio a esta área, o PROMAR, em cerca de 1,4 milhões de euros”.
Outro dos motivos que trouxe a Ministra à Póvoa de Varzim foi “a ampliação da fábrica com um projeto para mais 4 milhões de euros”. Neste momento, no setor conserveiro, existem “10 fábricas apoiadas pelo PROMAR, e estão mais três a serem analisadas para novo apoio”, informou. Na opinião de Assunção Cristas, este facto demonstra “o dinamismo que o setor vive. Estamos a falar de uma área que era tão tradicional da nossa economia e que agora se renova, cria postos de trabalho e encontra novos produtos”.
Rui Ferreira Marques, Presidente do Conselho de Administração d’A Poveira, revelou que aguardam a aprovação do PROMAR e da Câmara Municipal para a construção de um armazém que será a primeira fase de expansão da fábrica, transmitindo que espera ver tudo concluído até ao fim de 2015.
Para o Presidente d’A Poveira era muito importante que “o próximo PROMAR contemplasse o facto das empresas de conservas poderem concorrer a projetos de internacionalização diretamente, o que não acontecia no PROMAR I e era uma discriminação em relação a toda a indústria”.
Na sua opinião, “cada vez mais a indústria se foca na exportação e esta tem uma vantagem competitiva em relação às outras porque os clientes existem e são relativamente fáceis de encontrar. A grande limitação é muitas vezes a matéria-prima: o peixe, que é necessário haver em quantidade e nas alturas próprias”.
Rui Marques considera que “a possibilidade de aumentar a cota de exportação todos os anos é muito grande desde que haja peixe em quantidade e, de preferência, na costa portuguesa”.
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