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Concurso de “prova cega” premeia o texto e não o autor – Amadora

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premioliterario_2013Quem o diz é Ruy Reis Tapioca, vencedor do Prémio Literário Orlando Gonçalves 2013, com a obra Personae, romance que gira em torno de Fernando Pessoa e dos seus vários heterónimos. O escritor brasileiro falava ontem, na cerimónia da entrega do galardão, durante a qual pretendeu agradecer à Câmara Municipal da Amadora, à língua portuguesa e a Fernando Pessoa, a quem sempre considerou um “génio literário”. À Autarquia agradeceu, sobretudo, o facto de manter ainda bem vivo este Prémio, além de o classificar como de “prova cega”. Para o autor, este tipo de avaliação premeia o texto e não o autor, uma vez que os elementos do júri não sabem a quem pertencem os trabalhos a concurso, facto que engrandece ainda mais o galardão.

 

Sobre a obra vencedora, o júri falou de “um livro raro”, que desconstrói a obra de Fernando Pessoa, através dos seus heterónimos e que segura o leitor até ao fim. De fora, não ficaram igualmente elogios à Câmara Municipal da Amadora, pelo facto de manter este Prémio, numa altura em que muitas autarquias estão a acabar com prémios de cariz cultural.

 

O Vereador da Cultura António Moreira, que presidiu à cerimónia, destacou por sua vez a quantidade de obras a concurso, setenta e duas, grande parte delas com muita qualidade.

 

Foi ainda atribuída a Menção Honrosa à obra “Fragmentos”, da autoria de Margarida Fonseca Santos, que se mostrou bastante agradada por ver premiado um livro de contos, que, na sua opinião, “são considerados, em Portugal, os parentes pobres da literatura”.

 

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