Cerca de uma centena de jovens participou na realização de sementeiras, atividade comemorativa do Dia da Floresta Autóctone promovida pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, a 25 de Novembro.
Esta iniciativa decorreu no Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos e envolveu os três Clubes da Floresta do concelho: “Os Milhafrões, da Escola Secundária; “Pinheiro Vivo” da EB 2,3 de Taíde; e “Chapim Real” da Escola Gonçalo Sampaio, para além de outros estudantes.
O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, esteve no local, participando na sementeira, e relembrou ainda que tem sido aposta a plantação de árvores nos diversos espaços verdes do concelho. “Desde 2005, já plantámos mais de duas mil árvores”, salientou, o que representará um investimento de cerca de 80 mil euros. De acordo com Manuel Baptista, em todas as intervenções de regeneração urbana são colocadas árvores. “É importante, é uma aposta deste executivo, que continuarei enquanto Presidente, nestes quatro anos. Eu gostaria de ter plantado uma árvore por cada munícipe. Mas vamos ver se conseguimos plantar cinco mil árvores até 2017”, referiu o Presidente da Câmara. O Vereador da Proteção Civil, Armando Fernandes, também participou nesta atividade.
A realização de sementeiras, que darão origem a árvores para plantações em diversos locais do nosso concelho conseguem os objetivos da sensibilização e da poupança. “Isto também é uma forma de nós rentabilizarmos custos para o município, porque as árvores são caras. Nós queremos começar da própria semente, para que as pessoas valorizem o trabalho que dá uma árvore. Estes jovens que estão cá vão ver a semente e depois também vão ver a árvore, o que os motiva mais e é nessa parte que temos de apostar, na sensibilização destes jovens para a temática da floresta e sua importância ambiental para o planeta”, salientou o autarca povoense, acrescentando: “Já no sábado estivemos numa iniciativa dos escuteiros, em que foram plantadas árvores. Hoje são as escolas. Estamos aqui a fazer sementeiras de várias espécies para que, para o ano, possamos aplicá-las no terreno para reflorestar o que for necessário e eu até acho que o devíamos fazer mais. Vamos continuar a aumentar. Este ano são cerca de 300”.
Ângela Castro, 18 anos, estudante do curso de Turismo Ambiental da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, também participou nesta atividade. “Estou a achar bastante interessante. É uma iniciativa bastante boa para nós e também para os alunos mais novos para darem o valor ao ambiente visto que agora não está a ser tão valorizado pela maior parte da população”.
Esta sementeira englobou diversas espécies autóctones: carvalho, pilriteiro, bétula, amieiro. Todas as sementes de carvalho foram recolhidas no espaço do Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos e algumas delas são do próprio Carvalho. É objetivo iniciar assim um banco de árvores. As sementes seguem depois para os viveiros municipais, onde serão tratadas até estarem em condições de serem plantadas em todo o concelho. Esta sementeira também teve a particularidade de ter reutilizado pacotes de leite, garrafas de plástico e embalagens de conservas.
De lembrar que as comemorações do Dia da Floresta Autóctone ainda envolveram a apresentação de um projeto da Câmara Municipal tendente à implementação da produção de medronheiro com finalidade ambiental e de desenvolvimento local.
De referir ainda que, de modo a associar-se às atividades comemorativas do Dia da Floresta Autóctone e considerando as suas preocupações ambientais, uma entidade sediada na incubadora municipal de empresas, em Ferreiros, a Plako, vai oferecer carvalhos ao nosso município. Depois de retiradas do local, estas árvores seguirão para os viveiros municipais para posterior reflorestação.