Já falta pouco mais de uma semana para a quarta edição do Festival Estátuas Vivas, que acontece em Tomar no fim-de-semana de 13 a 15 de Setembro. Desta vez, o tema é a História contada pelos grandes escritores, com quadros baseados em Camões, Pessoa, Eça ou Saramago, entre muitos outros. Também os restaurantes foram beber aos livros para se inspirarem para as ementas.
Embora já tenham sido usados pontualmente em edições anteriores, o rio Nabão e a idílica ilha do Mouchão vão ter este ano um papel muito mais importante no Festival Estátuas Vivas de Tomar, servindo de palco ideal para acolher os quadros representativos de algumas das mais famosas passagens literárias escritas em português.
Clássicos como a Ilha dos Amores, de Camões, o “Mostrengo” de Fernando Pessoa, a “Peregrinação” de Fernão Mendes Pinto ou o “Sermão de Santo António aos Peixes” do Padre António Vieira, encontram naqueles espaços frescos e naturais, em pleno centro da cidade, o cenário ideal para serem recriados por alguns dos mais talentosos artistas da imobilidade nacionais e estrangeiros.
No quarto Festival Estátuas Vivas, que se prolonga de sexta-feira, dia 13 a domingo, dia 15, 44 artistas vão recriar 20 quadros históricos, contados pela pena de alguns dos mais conceituados escritores portugueses.
Um Festival muito literário
O Festival aproveita as condições magníficas da cidade, com o rio a atravessá-la e a apetecível ilha do Mouchão, para dar corpo a estas imagens literárias, num périplo que começa junto à capela de Santa Iria, se prolonga ainda até ao jardim da Várzea Pequena e depois pela Corredoura até à Praça da República, onde se desenrolam os quadros baseados na obra de de José Saramago.
Em seguida, subindo até ao conjunto monumental constituído pelo Castelo Templário e pelo Convento de Cristo, onde ecoam imagens dos trovadores medievais, dos cronistas régios e dos personagens de Gil Vicente, o Festival estende-se ainda, pela primeira vez, à Ermida de Nossa Senhora da Conceição, palco para a recriação de um dos maiores clássicos da Literatura Portuguesa, o “Frei Luís de Sousa” de Garrett.
Extra-concurso, é ainda grande a expectativa para a performance de António Santos que, depois de o ano passado aqui ter batido o recorde mundial de imobilidade em suspensão, vai este ano representar-se a si próprio, Staticman, personagem central do romance “Jardim sem limites” de Lídia Jorge.
Momentos únicos na sexta-feira
O Festival Estátuas Vivas 2013 começa na sexta-feira, dia 13, logo pela manhã, com os Madonnari Street Painting, de Nápoles (Itália) a darem os primeiros retoques na sua grande pintura 3D no chão, em frente à igreja de S. João Baptista.
À noite chegam as Estátuas Vivas, com a reposição de algumas das melhores performances da edição anterior. No centro histórico, oito artistas vão dar vida a sete cenas do quotidiano medieval, com a presença de todos os participantes premiados em 2012, e então dispersos por Almourol, Dornes e Tomar.
Pela primeira vez, também oito das 20 Estátuas Vivas apresentadas pelos mais jovens, em 2012 nas “Histórias aos Quadradinhos” farão parte da Seleção 2012, na Praça da República.
O lado infanto-juvenil do Festival
Nas manhãs de sábado e domingo, o Mouchão será palco para as “Histórias aos Quadradinhos” deste ano, com 20 jovens oriundos das escolas tomarenses a inspirarem-se num clássico da literatura universal, “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll.
Também para os mais novos, à tarde, junto à margem esquerda do rio e ao parque infantil, haverá divertimento garantido na Via Verde Júnior com jogos, insufláveis, pinturas faciais e muitas outras actividades.
Ruas e lojas regressam ao passado
As estátuas vivas representarão os seus quadros entre as 17h30 e as 19h30 (no sábado e no domingo) e ainda das 22h00 às 24h00 na noite de sábado.
O público é convidado a votar no seu quadro favorito, com base nos critérios de imobilidade, expressividade e caracterização, com vista à escolha dos três melhores, que serão anunciados na Praça da República, às 20h00 de domingo.
Mas ao longo do dia haverá muito mais motivos de interesse, desde a exposição que mostra as fotografias de Tomar no século XIX feitas por António da Silva Magalhães, na rua com o seu nome, até aos painéis que, nas imediações do rio Nabão, apresentam “Um século de notícias”, passando pelas montras do centro histórico que se vestem com roupagens de outrora.
Mesa posta de acordo com os livros
Novidade a não perder será a “Cultura de Faca e Garfo”. 23 cafés e restaurantes do concelho responderam ao desafio e, nos dias 13, 14 e 15 de Setembro vão apresentar nos seus cardápios viagens por aromas e paladares entre referências gastronómicas da literatura portuguesa. Reproduzindo a receita original ou expressando-se em cozinha de autor, terão sempre por base os ingredientes e temperos da época narrada.
Nas noites de sexta e sábado, das 0h00 à 1h30 haverá ainda animação de esplanadas.
Todas as iniciativas do Festival têm entrada livre.
As melhores imagens serão premiadas
Por fim, mas não menos importante, fica uma dica para os fotógrafos interessados. Durante todo o Festival decorre um concurso de fotografia que tem como tema qualquer das atividades apresentadas durante o evento.
Para concorrer basta fazer download do regulamento e da ficha de inscrição no site do Festival e preparar o equipamento para três dias repletos de imagens fascinantes num cenário, o da cidade de Tomar, que só por si já é magnífico.
Tudo isto e muito mais está disponível em www.estatuasvivas.com.
O Festival estátuas Vivas de Tomar é uma organização da Máquina do Tempo (parceria Câmara Municipal de Tomar, Escola EB 2, 3 Nuno Álvares Pereira, Convento de Cristo/DGPC e Instituto Politécnico de Tomar), co-financiada pelo QREN através do programa Mais Centro, e com o apoio da Coca-Cola, Continente, CP, Refer, SIC e Turismo de Lisboa e Vale do Tejo.
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