De 5 a 27 de julho, irá realizar-se, no nosso concelho, o XXXV Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim (FIMPV).
O programa do evento foi revelado em conferência de imprensa, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Luís Diamantino, Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal, realçou a projeção além-fronteiras do Festival de Música que, tal como o Correntes d’Escritas, são dois grandes eventos em que a Câmara aposta fortemente na área cultural.
Neste sentido, o autarca informou que “a política cultural deste município passa por realizar alguns eventos de grande projeção e, por outro lado, servir de almofada de choque de eventos realizados por associações”.
Certo de que esta 35ª edição do Festival terá um êxito muito grande, Luís Diamantino anunciou que “temos um programa muito variado a nível temático, este ano”. Tal também se deve ao facto da Secretaria de Estado da Cultura ter atribuído um subsídio no valor de 130 mil euros, o dobro do ano passado, esclareceu.
O Vereador da Cultura considera que a atribuição deste subsídio, que resulta de uma candidatura que abrange quatro anos, é “um reforço da marca de qualidade do evento” e vem “encorajar a autarquia para seguir o caminho que temos vindo a trilhar na Póvoa de Varzim”.
Luís Diamantino destacou, igualmente, “o reconhecimento que tem sido feito pelo público que o Festival conseguiu fidelizar ao longo de 35 anos”.
Da programação, o Vereador fez questão de referir a presença “distintíssima” de Rui Vieira Nery na Conferência de abertura e de Misia, a 27 de julho, no último concerto do Festival.
João Marques, diretor do FIMPV, revelou que “em linhas gerais, a programação segue a orientação dos últimos anos, isto é, gira à volta de 3 grandes eixos: a Música antiga historicamente informada; percorre importantes fases dos períodos clássico, romântico e modernismos dos séculos XX e XXI; e continua a apoiar a criação e divulgação da nova música portuguesa.
São intérpretes alguns dos solistas e agrupamentos mais respeitados do nosso tempo, a nível nacional e internacional e não esquecemos alguns dos jovens músicos portugueses.
Dedicar-se-á seis concertos à chamada “Música antiga historicamente informada: o Vox Luminis, a 6 de julho; Os Músicos do Tejo dirigido por Marcos Magalhães, a 15 de julho; o Ensemble Heptachordum, a 16 de julho; a 18 de julho, a estreia em Portugal de L’Avventura London, em parceria com músicos portugueses, a 20 de julho, é a vez de The Gabrieli Consort & Players sob direção Paul McCreesh e a 23 de julho o agrupamento galego Resonet, de Santiago de Compostela.
A música de câmara dos períodos clássico, romântico e modernismos dos séculos XX e XXI ficará a cargo de Quatuor Ardeo (quarteto de cordas francês em estreia em Portugal), Pavel Gomziakov e Louis Lortie, Pavel Sporcl e Miguel Borges Coelho, Quarteto Verazin. Pedro Burmester e Quarteto de Matosinhos.
A 22 de julho, Madalena Sá e Costa fará uma palestra sobre a sua irmã Helena de Sá e Costa, no 100º aniversário do nascimento.
Há ainda dois espetáculos de difícil classificação, na fronteira entre géneros musicais diferentes: 11 de julho, pelo violinista clássico checo Pavel Sporcel e pelo Gipsy Way Ensemble, agrupamento de música cigana; e o do dia 27 de julho, a encerrar o FIMPV, por L’ Arpeggiata da tiorbista austríaca Christina Pluhar – o programa partirá dos cantos greci-salentini do sul da Itália e viaja pelas margens do Mediterrâneo à procura de conexões na Grécia, Turquia, Espanha e Portugal.
O Diretor referiu-se ainda ao habitual apoio que o Festival presta à música portuguesa, designadamente aos novos compositores e aos novos intérpretes, em destaque este ano da publicação em partitura impressa de 8 obras escritas para orquestra ou formações de câmara por encomenda do nosso Festival ou obras vencedoras do Concurso de Composição da Póvoa de Varzim em edições anteriores.
A vertente pedagógica que o Festival sempre comporta, incluirá, em “Manifestações Paralelas”, propostas de masterclasses orientadas por solistas e agrupamentos convidados, e concertos informais por alunos e docentes da Escola de Música da Póvoa de Varzim, informou.
A sessão contou ainda com a entrega do prémio monetário de 500 euros a João Pires (Becompi), vencedor do concurso para criação de imagem gráfica do Festival.
Acompanhe o XXXV Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim, no portal municipal, onde já se encontra disponível o programa completo do evento.