Rogério Pires de Carvalho lançou o seu terceiro, a que deu o nome de “Alenterra”.
Em Mação, o lançamento do livro “Alenterra” terá lugar no próximo dia 2 de Março, sábado, pelas 17h00, no Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira.
A residir em Castelo Branco há cerca de 22 anos, o escritor, que já foi professor e arqueólogo, conta nesta obra histórias de África. Esteve dois anos no norte de Angola a cumprir o serviço militar obrigatório e deste tempo guarda memórias que decidiu passar a livro.
Logo a abrir, Rogério de Carvalho cita Agustina Bessa-Luís: “A guerra não faz calos, a não ser no coração”. E ele afirma no seu prólogo que: “O que aqui vai é o trivial, pois não se consegue reinventar a vida. O que aqui fica é o pouco, porque não há alma para mais”.
José Manuel Vasconcelos, que assina o prefácio, refere que “este é um texto intenso, profundo, de uma grande dignidade, sobre essa espécie de danação que caiu sobre algumas gerações de portugueses. Pessimista e negativo, encerra um profundo sentido pacifista”.
Acrescenta, ainda, que “Alenterra” é a narrativa de um solitário irremediável, a viagem para a guerra e a chegada a Mucondo são narradas por alguém, blindado ao convívio social…”.
Com este livro Rogério Pires de Carvalho frisa que vai encerrar, definitivamente, o capítulo África (já tinha escrito outro) e o próximo está no prelo. Ao Reconquista Rogério Carvalho afirma que a sua quarta obra será um livro de contos. “Nunca pensei escrever para o universo infantil”, refere, “a escrita aparecia… quando me apetecia, mas acho que tive habilidade para isto”, conclui.
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