Foi com o objetivo de tornar mais atrativa a entrada da vila de Baião para quem chega à sede de concelho, vindo pela variante que liga Baião ao Marco de Canaveses, que a Câmara Municipal de Baião lançou a obra de arranjo paisagístico daquele espaço.
Ali vão ser investidos 103 mil euros para a criação de estruturas de betão situadas nos patamares superiores da envolvente à rotunda. A obra contempla ainda o ajardinamento e a iluminação daquele espaço. Estas estruturas irão cumprir a função de “floreiras”, servindo como suporte às árvores que serão utilizadas para embelezar a entrada da vila. As estruturas de betão assumem diversas formas geométricas, como circunferências, meias circunferências e paralelepípedos, nalguns casos assemelhando-se a bengalas de Gestaçô em homenagem aquele elemento do artesanato local.
O investimento camarário é suportado a 85 por cento por fundos comunitários, ao abrigo do processo de regeneração urbana da vila de Baião. Assim, cabe ao município suportar apenas 15 mil e 450 euros de investimento.
Esta é uma das poucas áreas às quais os municípios se podem candidatar individualmente segundo as atuais regras dos fundos comunitários, juntamente com as obras de reordenamento da rede educativa ou a eficiência energética.
Recorde-se que a requalificação da rotunda Porta da Entrada integra-se no processo de Regeneração Urbana da vila de Baião e, para além dos trabalhos em curso, contempla outros dois elementos: o arranjo paisagístico da EN 321-1, que já foi executado e a elaboração de um elemento escultórico.
A obra do arranjo paisagístico da rotunda ocupa, em permanência, cinco trabalhadores da empresa Campos e Sousa (freguesia de Ancede). Entre eles está Jorge Pereira, morador do lugar do Ingilde, na freguesia de Campelo, que com recurso a uma escavadora giratória movimenta as terras para que os trabalhos possam avançar.
“É importante haver obras como esta porque a nossa economia está bastante parada e depende muito da construção civil”, entende Jorge, que apesar de ser ainda um jovem com 34 anos já leva 18 anos de experiência profissional. Depois de 8 anos emigrado em Espanha, este trabalhador caiu no desemprego e voltou a encontrar uma oportunidade de trabalho na empresa ancedense. “Trabalho há muitos anos, mas só agora, graças a esta obra, estou a trabalhar pela primeira vez perto de casa”, diz. E mostra-se satisfeito, porque agora vai poder acompanhar mais de perto a família, em particular a filha de um ano e o filho de cinco que quase não viu crescer.
Numa fase diferente da vida encontra-se António Campos, de 55 anos. Casado e já com dois filhos independentes este trabalhador encontrou, também, nesta empresa da freguesia de Ancede uma oportunidade profissional, depois de ter estado ao serviço de uma empresa de materiais de construção. “Todas as obras são importantes para dar movimento económico e vida ao nosso concelho”, refere, mostrando-se, ainda, satisfeito por estar a ajudar a construir uma obra que “dignifica” a vila.
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