Estarreja, Sociedade

BioRia assinala Dia da Floresta Autóctone em Estarreja

A Câmara Municipal de Estarreja está a proceder à limpeza do Percurso de Salreu do BioRia, com o objetivo de remover espécies invasoras que representam uma ameaça para a biodiversidade local. Esta ação terá o seu ponto alto amanhã, às 9h00, com a plantação de espécies da floresta portuguesa, nomeadamente freixos e salgueiros, por alunos do programa “+ 50”, da Escola Municipal de Desporto, assíduos frequentadores daquele espaço natural.

 

A ação contempla uma parte do Percurso de Salreu, no Baixo Vouga Lagunar, nomeadamente as zonas junto ao Esteiro, ao dique e as margens do Rio Antuã. Nas imediações do parque de merendas, ao lado do cais do Esteiro de Salreu, o acelerado crescimento de silvas está a colocar em causa o desenvolvimento de outras espécies autóctones, nomeadamente salgueiros. Nesta zona, bem como ao longo do percurso e no dique, serão removidas Acácias e Ervas-das-pampas.

 

Esta sexta-feira, 23 de novembro, em que se assinala o Dia da Floresta Autóctone, após um passeio no Percurso de Salreu, uma turma sénior de Avanca, do programa “+50”, irá ajudar na plantação de Freixos (Fraxinus angustifolia) e Salgueiros-negros (Salix atrocinerea) na zona envolvente ao parque de merendas, onde se pretende ter um espaço ao ar-livre destinado a alongamentos, assim como na zona central do Ribeiro de Salreu, possibilitando ter mais um espaço com sombra dedicado a merendas.

 

A proliferação de espécies invasoras é das principais causas da perda de biodiversidade e sendo esta uma zona de proteção especial, a plantação de espécies autóctones assume um papel preponderante na manutenção dos elevados índices de biodiversidade e na defesa ecossistema.

 

Promove-se desta forma o domínio do solo pelas autóctones, criando no futuro um corredor de sombra e uma cortina que permita a observação da grande mancha de caniçal de Salreu sem perturbar as espécies que lá nidificam e que têm estatuto de proteção especial como são os casos da garça-vermelha e da águia-sapeira.

 

Proteger o dique e as linhas de água

 

Outro dos objetivos é a defender o dique, fortalecendo-o com espécies especializadas na proteção dos leitos e linhas de água, eliminando as acácias que se proliferam rapidamente e que devido à sua agressividade na ocupação do solo, tendem a eliminar as nativas sobretudo em processos de regeneração após o fogo.

 

As acácias são também bastante problemáticas nesta região, sobretudo as que crescem nas margens de linhas de água, especialmente no Rio Antuã, uma vez que atingem grandes dimensões e acabam, pela sua incapacidade de fixação ao solo, por provocar rombos nos taludes e/ou criar barreiras no leito.

 

 

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