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Estelas Funerárias de Abrunhosa do Mato em Mangualde

Mangualde continua a promover a campanha «Mangualde, o nosso património!». O bem patrimonial a apresentar desta vez são as « Estelas Funerárias de Abrunhosa do Mato». Com o objetivo de aproximar a população ao património de Mangualde, a Câmara Municipal continua a dar a conhecer à população, quinzenalmente, um dos seus bens materiais ou imateriais.

 

Estelas Funerárias de Abrunhosa do Mato

As estelas funerárias são vestígios arqueológicos que não delapidados nem irremediavelmente perdidos, mas guardados em museus ou, ainda, teimosamente assentados nos sítios presumivelmente originais pelos territórios, nos dão a conhecer um pouco melhor a escatológica mundividência do homem, porquanto estão intencionalmente cheias de simbologia religiosa e de perpetuação da memória de alguém. As estelas discóides da Idade Média representam estilizadamente o defunto. O disco representa a cabeça e o corpo confina-se ao espigão. Apresentando uma gramática decorativa que ia da cruz (em diversos formatos) ao utensílio profissional, com inscultura na face ou no verso do disco, a estela, sendo anónima, acaba por ser um bilhete de identidade socioprofissional do defunto1.

Inseridas num muro delimitador de propriedade rural e de um caminho – e por isso certamente deslocadas dos sítios originais (sepulturas) -, nas imediações de Abrunhosa do Mato (Cunha Baixa), estas duas estelas funerárias apresentam diferença de tamanhos que sugere que uma se destinaria a um adulto e a outra a uma criança. Ambas exibem uma cruz insculpida no disco. Desconhecendo a sua cronologia, aventamos a hipótese de pertencerem à Idade Moderna2.

Cf. FRANKOWSKY, Eugeniusz, «As cabeceiras de sepultura e as suas transformações», Terra Portuguesa, 4º vol, pp. 9-19, 1918.

Cf. TAVARES, António, «Duas estelas funerárias em Abrunhosa do Mato, Mangualde», Revista Munda, (no prelo).

 

 

O primeiro monumento a ser apresentado foi a Capela da Nª Sr.ª do Desterro ou Capela do Rebelo, seguindo-se o Dólmen da Cunha Baixa, o Reservatório de água de Espinho, o fabrico artesanal do queijo, a Igreja de Nossa Senhora do Castelo, o Abrigo de Pastor, Villa Gloria, Via Romana dos Barreiros, Citânia da Raposeira – Ruínas Romanas, Adelino Amaral – Armazém de Lanifícios e o Real Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão.

 

Aos poucos, todos ficarão mais próximos de todo o esplendor patrimonial que têm ao dispor. Nesse sentido, continuam a ser colocados cartazes em vários pontos de encontro do concelho e está disponível no site e na Câmara Municipal informação sobre o monumento/património apresentado. Com a duração prevista de um ano, o património vai sendo apresentado com uma periodicidade quinzenal e consoante a categoria com a qual foi classificado: arqueologia, pelourinhos, fontes, palacetes e religiosos, bem como outros bens patrimoniais. Cada categoria será representada por uma cor que a distingue das restantes.

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