A 16 de novembro assinala-se o Dia Nacional do Mar e o Município da Póvoa de Varzim irá promover várias iniciativas, dada a relevância da tradição do património marítimo local.
“Reencontro com o Mar” é o título da conferência que será proferida pelo Comandante Luís Adriano de Lemos Cesariny Calafate, às 21h30, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
De manhã, pelas 11h00, haverá sessões educativas nas Escolas EB 2/3 do concelho “O Mar é Património”, por Manuel Costa, sensibilizando as crianças e jovens para a salvaguarda da memória das embarcações tradicionais poveiras, do património naval, abordando as artes da construção naval e da navegação.
Na Escola EB 2/3 Dr. Flávio Gonçalves, às 15h30, haverá uma Hora do Conto, na qual a obra A Menina do Mar de Sophia de Mello Breyner Andresen será narrada aos alunos.
Durante a tarde, a partir das 14h30, os utentes do Centro de Dia da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim irão visionar o filme “Ala-Arriba” de Leitão de Barros, na Biblioteca Municipal.
Sobre “Ala-Arriba”:
É um filme português de longa-
Entre a ficção e o documentário – acentuadamente ficcionado –, desenrola-se o romance de um pescador da Póvoa de Varzim, um sardinheiro, com uma jovem que ele ama. A história é marcada pelas diferenças sociais e pelo drama da falta de pescado. O filme ilustra os costumes locais e o mar é protagonista.
Leitão de Barros deu a conhecer ao país na década de 1940 a comunidade piscatória da Póvoa de Varzim, com seus hábitos culturais muito próprios e antigos. É visto como um documento importante para a história da cidade da Póvoa de Varzim.
“Ala-Arriba!” é uma expressão poveira que significa “força (para cima)”, usada quando a comunidade, à força de braços, encalhava os barcos na praia. A acompanhar o filme nas salas de cinema, por altura da sua estreia, era exibido o documentário Póvoa de Varzim. Ala-Arriba foi o primeiro filme português a obter um prémio internacional, a Taça Biennale do Festival de Veneza de 1942, dada a sua força dramática e plástica, num estilo inspirado por Rino Lupo.
O argumento é do prestigiado dramaturgo Alfredo Cortez, baseando-se o autor na obra “O Poveiro” de António dos Santos Graça para escrever o guião. É um retrato fiel de uma comunidade, interpretado não por atores profissionais mas por verdadeiros pescadores, que falam mantendo o seu característico sotaque, mostrando genuínas vivências, o sofrimento das gentes de uma Póvoa de Varzim, unidos em forte comunidade, mas comunidade fechada, desunida, dividida em diferentes castas sociais. A história centra-se à volta de uma história de amor entre uma rapariga lanchã e um sardinheiro. Tem uma dimensão trágica a vida das gentes da Póvoa, como as da Nazaré, são inconfundíveis as suas tradições.
O filme, pelos apoios financeiros que teve, é uma obra de regime, em pleno Estado Novo. Foi financiado pelo Secretariado da Propaganda Nacional (SPN), pelo Comissariado do Desemprego e pelo Ministério das Obras Públicas. (informação online em http://pt.wikipedia.org/wiki/
O Dia Nacional do Mar, institucionalizado pela resolução nº 83/98 do Conselho de Ministros é comemorado a 16 de novembro. A nível nacional, esta efeméride é assinalada pela Sociedade de Geografia de Lisboa, associando-se o Município da Póvoa de Varzim, pela relevância da tradição do património marítimo local.
Em 2 de Setembro de 2011, no II Encontro da Rede Nacional de Cultura do Mar realizado na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto foi decidido atribuir ao Município da Póvoa de Varzim, a presidência da Rede, nestes dois anos, tendo-se alterado a designação para Rede Nacional da Cultura dos Mares e dos Rios, de forma a englobar o seu caracter plural.
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