Póvoa de Lanhoso, Saúde, Sociedade

Jornadas Técnicas de Plantas Aromáticas & Medicinais na Póvoa de Lanhoso

No próximo dia 3 de novembro, a Póvoa de Lanhoso recebe as I Jornadas Técnicas subordinadas ao tema das “Plantas Aromáticas & Medicinais” (PAM). Esta iniciativa é promovida pela ATAHCA em colaboração com a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.

 

Durante as referidas Jornadas, haverá especialistas que irão abordar assuntos como Produção/Transformação, Certificação/Investigação, Comercialização e Apoios Financeiros / Proder. Para além da troca de ideias, esta iniciativa vai permitir ainda que as pessoas que participarem percebam a utilidade que as PAM podem ter no nosso dia-a-dia e experimentem algumas iguarias culinárias, que se servem de plantas aromáticas e medicinais, através de um almoço volante, de um showcook, a que o Hotel Rural Maria da Fonte se associa, mostrando como é que estas plantas podem ser utilizadas na gastronomia. A inscrição é gratuita, mas obrigatória.

 

“Ao nível da Câmara Municipal, é com muita satisfação que vemos a realização destas jornadas técnicas aqui no concelho, até porque acreditamos que é uma fileira que está em expansão e que pode ser também uma oportunidade de dinamizar a microeconomia através deste produto associada à estratégia que a Câmara tem desenvolvido de apoio à agricultura e aos jovens agricultores”, referiu a Vereadora da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Fátima Moreira, na apresentação do evento.

 

Aquela responsável salientou todo o trabalho que já vem sendo feito, referindo que a Câmara Municipal tem encetado estratégias que visam apoiar e dinamizar social e economicamente o concelho, ancoradas nesta dinâmica associada à agricultura. “São bons exemplos disso a bolsa de terras, o recente projeto aqui instalado, o Prove, que visa associar pequenos agricultores num produto comum, que são os cabazes, que são distribuídos depois semanalmente aos consumidores, e são também exemplos disso o próprio apoio técnico que a Câmara tem dado aos agricultores e aos potenciais empreendedores nestas áreas ao nível agrícola e também o trabalho que faz com a ATAHCA ao nível dos incentivos de que esta dispõe no âmbito dos apoios comunitários”, considerou. Sensibilizar e informar é o que se pretende e, por isso, estão convidados técnicos especialistas em cada uma das áreas, pessoas com experiência técnica e cientifica e com experiência também já do saber fazer.

 

A ideia de que a aposta na agricultura pode ser uma possibilidade dada a conjuntura atual foi também uma das mensagens transmitidas. “Estamos a atravessar um período complexo, é verdade que há uma necessidade de fixar a população, há uma necessidade cada vez maior de estimular o emprego e também de criar forma de dinamizar os nossos produtos e parece-nos que estas jornadas vão ao encontro destes objetivos”, salientou. “Acreditamos que podemos mostrar o potencial que esta fileira tem nas suas aplicações, pois as plantas aromáticas e medicinais têm usos diversos tanto ao nível agroalimentar como ao nível farmacêutico ou mesmo ao nível da cosmética. É uma fileira que tem estas possibilidades de escoamento, mas também percebemos que há necessidade de reorganizar esta fileira, de trabalharmos com várias instituições e organismos científicos, que têm outros conhecimentos, e é isso que vamos tentar fazer nestas jornadas: trazer ao debate e à reflexão o estado das plantas aromáticas e medicinais no território nacional, trazer especialistas que têm estudos científicos nesta área, trazer também empresários que já estão e que tem o seu produto organizado e que podem ser bons exemplos e depois refletirmos também como é que isso, ao nível local, pode trazer riqueza, possibilidade de criação de emprego e ocupação do território agrícola”, explicou Fátima Moreira.

 

Território tem potencial.

O Presidente da ATAHCA, Mota Alves, considerou que o território tem potencial ao nível das PAM, mas que falta organização em termos de produção e de transformação. A este respeito, revelou ainda que esta situação pode levar à apresentação de projetos nesta área e que a Póvoa de Lanhoso tem dois jovens interessados em apresentar projetos para a plantação de plantas aromáticas e medicinais e condimentares e para uma unidade de transformação. “Será o primeiro projeto da região norte com uma unidade de transformação do género e será talvez a maior área de plantação existente na região norte. Eu espero que os dois projetos possam ser aprovados num espaço de tempo curto de maneira a que possamos ter também aqui o melhor exemplo do que se pode fazer nesta área e como se podem cativar jovens e jovens licenciados para investir na área agrícola”, referiu.

 

Para Mota Alves, é importante pensar a defesa e a proteção das ervas aromáticas e a certificação. “A Câmara da Póvoa de Lanhoso tem-se preocupado com a agricultura e produção em modo biológico. Quando falamos nas ervas, pensamos sempre na produção em modo biológico, por isso, a certificação das ervas em modo biológico poderá por si ser uma razão para a certificação. Para além disso, temos na nossa região algumas espécies que têm origem na sua própria região”, considerou. “Queremos que esta região seja uma referência a nível nacional. Se tivermos a Póvoa de Lanhoso como uma região de emparcelamento das ervas aromáticas, condimentares e medicinais, temos, se calhar, aqui o primeiro exemplo a nível nacional, talvez um dos raros a nível europeu, e penso que é destes projetos inovadores que o país neste momento precisa e que a Europa deve apoiar”, destacou ainda, referindo: “Com projetos inovadores conseguiremos cativar jovens, jovens com formação superior, ter as terras cultivadas, ter uma paisagem tratada, atrair turistas e criar duas coisas importantes para estes territórios: fixar pessoas e criar riqueza. Com isso, temos aqui uma combinação completa para podermos dizer que temos um concelho de sucesso, que conseguiu atingir também um dos seus objetivos que é conseguir um concelho de referência a nível nacional, pela fixação das pessoas e pelas pessoas se sentirem bem onde vivem”.

 

Inscrições e informações:

altocavado@mail.telepac.pt Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar / 911193354 e gabio@mun-planhoso.pt Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar / 927528832

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