De forma a assinalar as comemorações dos 150 anos da publicação da obra «Amor de Perdição», de Camilo Castelo Branco, a Câmara Municipal de Mangualde está ainda a promover a iniciativa «Conversas Camilianas». Até dia 13 decorre, na Biblioteca Municipal de Mangualde, a exposição «Coleção Camiliana de Paulo Sá Machado», bem como a uma exposição bibliográfica do autor com as obras existentes na Biblioteca Municipal de Mangualde. A entrada é livre.
No passado dia 4, durante a tarde, na Biblioteca Municipal, decorreu uma sessão com a intervenção de José Valle Figueiredo, Diretor da Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Para além do Amor de perdição cujo enredo se passa em Viseu, José Valle Figueiredo abordou em especial as obras “O Retrato de Ricardina” e a “A Doida do Candal” que se desenrolam nas aldeias de Espinho e Almeidinha respetivamente, demonstrando a forte ligação que Camilo tinha com a Beira e o conhecimento que tinha das nossas gentes. A par da conversa foram apresentadas algumas imagens que ajudaram a relembrar os espaços onde se passam vários momentos da escrita de Camilo.
Apresentação do Vinho “Amor de Perdição”
A sessão contou ainda com a apresentação do Vinho “Amor de Perdição”. Para o efeito esteve presente Ana Rodrigues da Empresa Dão Sul que explicou as suas características e contextualizou a sua existência. A esta breve apresentação seguiu-se a condigna prova que permitiu comprovar a magnifica qualidade deste vinho.
«Conversas Camilianas»
A iniciativa pretende homenagear o escritor português Camilo Castelo Branco, e relembrar o romance, que escrito em apenas quinze dias, durante o período de clausura, é o romance mais célebre do autor e constitui a obra definitiva do seu período romântico – «Amor de Perdição». Neste exemplo do melhor romantismo português do século XIX, Mangualde ocupa um lugar incontornável. De facto, na ficção de Camilo Castelo Branco, “O Retrato de Ricardina” e “A Doida do Candal”, Mangualde e personalidades mangualdenses assumem papel de destaque. Falar de “Camilo e a Beira” será, pois, inscrever Mangualde no quadro que o grande escritor escolheu para pano de fundo de algumas das suas obras mais emblemáticas.
Natural de Tondela, José Valle de Figueiredo, nasceu em 1942, e é uma figura importante no panorama literário da poesia portuguesa contemporânea. Atual Diretor do Semanário Folha de Tondela, o jornal mais antigo do Distrito de Viseu, Valle de Figueiredo foi Chefe de Redacção do Semanário Observador, Diretor do Quinzenário Combate, em Coimbra, e dos cadernos culturais Cidadela e Commedia, igualmente naquela cidade. Desempenhou funções como Consultor de várias Autarquias para questões relacionadas com o Património Cultural. Organizou inúmeros colóquios, exposições e conferências, tendo produzido uma variadíssima obra literária e ensaística. Produziu ainda programas para a Rádio Televisão Portuguesa: a “História do Traje”; “No Centenário d’Os Lusíadas”; “O Que é isso do Património?”. Foi galardoado com a Medalha de Prata do Concelho de Oeiras, por serviços prestados à causa do património cultural e recebeu em 16 de setembro do corrente ano, a Medalha de Mérito Municipal, concedida pelo Município de Tondela.
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