De 6 a 27 de outubro estará patente, na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, uma Exposição Coletiva de Artes Plásticas intitulada “Cheia”. A inauguração será no sábado, 6, às 21h30.
Esta contará com trabalhos dos artistas Leonel Cunha, Pascal Ferreira, João Baeta, Esgar Acelerado, Teixeira Barbosa e Dalila Vaz.
Considerações iniciais:
Vivemos tempos de multiplicidade. A Arte ou as Artes não funcionam em conflito, não podemos falar no triunfo desta sobre aquela. As linguagens são múltiplas e simultâneas, quer de forma geral, naquilo que chamamos Arte quer nas práticas específicas de cada uma das artes. Podemos, inclusive, dizer que umas práticas informam e alargam outras.
Pretende-se mostrar a validade e o funcionamento em conjunto de práticas aparentemente distantes como a instalação, a escultura, a pintura, o vídeo, a fotografia, o desenho e a ilustração.
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Dalila Vaz
Lisboa,1980. Vive e trabalha no Porto.
Formação académica em Pintura e Artes Plásticas pela ESAD, Caldas da Rainha (2005), bolseira do programa Socrates-Erasmos na Accademia di Belli arti de Venezia (Itália, 2003), curso de formação contínua Pensamento Crítico Contemporâneo na FLUP (2009) e Mestre em Desenho e Técnicas de Impressão pela FBAUP (2011) sobre a temática O lugar do corpo etnográfico – Registo de uma ação enquanto desenho In Cena.
Triologia, agora segue e digere.
O percurso visual assenta num território de materialização das possíveis simbioses dos campos semânticos dos meus campos de referência: a dança, o desenho, gestualidades do quotidiano e saberes incorporados autobiográficos, traduzidos através do corpo- elemento potenciador de discurso. O interesse pela prática performativa, traduz-se pela procura do desenho do próprio processo criativo.
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João Baeta
Lisboa, 1963. Vive e trabalha no Porto.
Artista plástico, com apresentações públicas do seu trabalho de forma mais regular, desde 1990.
Fundador dos Maus Hábitos – espaço de intervenção cultural, com Daniel Pires e Isaque Pinheiro e membro da equipa até 2003.
Curador independente desde 2006
Fundador do Instituto Antimatéria em 2005.
Responsável pela programação do Espaço Ilimitado – núcleo de difusão cultural, 2006>2012.
Responsável pela programação do Quarto Escuro – project room, 2009>2012.
Por aqui
“Por aqui, a vida corre serena…
Com a luta necessária e a humildade irreverente de estar vivo. Só o lodo é calmo, a vida é torrente e por isso, por vezes abana a nossa estrutura. De outro modo como se afastaria o pó do acomodamento? Como se poderia ver e focar a descoberta e o amor?”
In “Por Aqui, Mensagem a JCT”
João Baeta, 2012
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Teixeira Barbosa
Marco de Canavezes, 1967. Vive e trabalha no Porto.
Mestre em Artes Plásticas.
Assistente de Desenho na Fac. de Arquitetura do Porto.
Projecto Extéril desde 1999.
Expões desde 1995. Representado em coleções privadas e institucionais.
Prémios:
2008 – 1º prémio – Grande prémio de arte contemporânea – Extéril.
– Chelsea International Fine Art Competition – Promoção na Art-Mine.com.
1996 – Menção honrosa – II Concurso dos jovens nas artes, ANJE.
Artigos Publicados – Associação e articulação das imagens do desenho no projeto – PSIAX – (Set 2010).
– “Desenho e imagem” – PSIAX – estudos e reflexões sobre desenho e imagem (AGO 2006).
– “O desenho na era da imagem digital” – PSIAX – estudos e reflexões sobre desenho e imagem (MAR 2002).
“Definição de repetição”
Repetimos ações e gestos desde há milhões de anos. Segundo Deleuze, o facto do próprio ato se repetir implica a introdução da diferença, que proporciona um espaço onde a repetição se liberta do mesmo.
Vídeo. Tempo: infinito
2011
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Pascal Ferreira
Paris, 1971. Vive e trabalha no Porto
Licenciado em Artes Plásticas – Escultura, pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1996.Actualmente desenvolve trabalho artístico nas áreas da Instalação, Escultura, Desenho, Cerâmica e Pintura de murais.
Desde 2001 que expõe regularmente, individual e coletivamente, e é representado, desde 2006, pela Galeria de Arte
VPF CREAM ART, Lisboa.
“Pois! Pode ser que seja do tempo!
Aquele, o tempo que traz as notícias ao sabor do vento!
…o tempo que tem tempo de responder com tempo!
No outro dia encontrei-o…
Falou-me do tempo em que era tempo…
Explicou-me que mesmo assim há sempre tempo de esperar pelo tempo!
Entretanto contou-me uma história de uma paisagem que foi moldada pelo tempo…
…num tempo que afinal tem pouco tempo!”
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Esgar Acelerado
Artista visual e criador de ilustrações desde 1991. Escreveu semanalmente para a banda desenhada Superfuzz da BLITZ (entre 2011 e 2005), fundador da CRU Magazine, co-fundador da Arvotex Ink. e mentor do Cais do Rock Festival.
É atualmente professor e dono da LowFly records.
Tenho sempre a ideia de que as personagens do Esgar Acelerado trazem um ar de gula pelas coisas, uma gula pela vida com o seu aspeto frequentemente esbugalhado, de expressão grande e intensa. São uma coleção muito terna de figuras que mesclam o universo da bd com o da ilustração, entre o mais pragmático do primeiro género e o mais lírico do segundo. Eu tenho sempre a sensação do divertido que se junta a uma sensibilidade fremente e que leva tantas vezes a um tom também dramático, melancólico, desde logo romântico. Eu acho que o Esgar cria como se fizesse as imagens florirem, porque a profusão de cores ajardina tudo, faz do que vemos bouquets radiantes. Criar como fazendo imagens florirem é só possível para quem sabe prezar a delicadeza, para quem encontrou um ponto sensível a partir do qual seja razoável o exercício dessa liberdade invejável de se divertir, confessar, deslumbrar e aperfeiçoar pela pulsão expressiva. Há uma aceleração das emoções, um modo de boa gula, uma energia amistosa que irradia das imagens como se fosse o jardim, afinal, que nos rega e nos fertiliza, os seduzidos espectadores.
Valter Hugo Mãe
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Leonel Cunha
Gondomar, 1968. Vive e trabalha em Vila do Conde
Licenciado em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes do Porto, em 1995.
Interessa a pintura que deixa ver a pintura, cujos registos deixados visíveis estão intimamente ligados ao processo de construção e aos materiais de que é feita a pintura. Interessa menos a pintura que promove o espetáculo da ilusão, da construção da imagem fotográfica. Como é que se processa a relação entre sensações emoções e pensamento?
Que gatilhos existem no processo de construção pictórico, que levam às sensações, ao sentir das emoções e à formulação de juízos de valor?
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