De Guimarães para Vale de Cambra, Patrícia Costa fez do jardim central da cidade palco de mais uma noite de Fado, na passada sexta-feira, dia 21 de setembro.
Com André Teixeira na guitarra clássica e Miguel Amaral na guitarra portuguesa, o repertório trazia as linhas compassadas de Filipe Teixeira no contrabaixo. O resultado: a prova de que ao Fado pode-se dar-lhe muitos destinos sonoros diferentes, ainda que sem sair do registo nostálgico que caracteriza a corrente musical que é tão portuguesa.
Com esta, cumpriu-se a primeira edição do ciclo “Sextas de Fado”, cartaz de concertos intimistas que tem levado ao coração urbano não só muitos valecambrenses, mas também forasteiros que já têm como referencial este ciclo de eventos, integrado no Projeto de Regeneração Urbana (PRU) “ConViver”. Ou não fosse Vale de Cambra terra de entusiastas e, até mesmo, de intérpretes de Fado, paixão que a Câmara Municipal, através do “ConViver”, vem consolidando.
Iniciando-se com as Conversas no café, a dedicarem uma tertúlia exclusivamente ao fado, seguiram-se o Ciclo de Sextas de Fado que trouxe a Vale de Cambra o “Fado Violado” e a Cláudia Madur, tendo sido agora a vez de Patrícia Costa apresentar o seu trabalho. A fadista , com apenas oito anos de idade, atuou pela primeira vez ao vivo na sua terra natal, Guimarães, mais concretamente no extinto Teatro Jordão.
São várias as salas de prestígio nacional pelas quais já passou – o Coliseu do Porto, o Teatro Rivoli, o Teatro Sá da Bandeira, e a Casa das Artes de V. N. Famalicão – mas “lá fora” a Córsega a Suiça puderam já desfrutar da sua voz.
Também licenciada em Enfermagem (desde Novembro de 2007), a fadista trouxe agora, a terras de Cambra, a sua música muito influenciada pela diva Amália Rodrigues, tal e qual um “curativo para a alma”.