Os recantos de Cacela Velha voltam a encher-se de poesia, no próximo dia 16 de setembro, com mais uma edição da «Poesia na Rua».
O evento tem como ponto de partida a herança poética de Ibn Darraj al-Qastalli, natural de Cacela, onde nasceu em 958, bem como de outros poetas que escreveram sobre Cacela Velha ou aqui viveram, como são os casos de Abû al-‘Abdarî, Sophia de Mello Breyner Andresen, Eugénio de Andrade, Teresa Rita Lopes ou Adolfo C. Gago.
Como vem sendo hábito, durante este dia Cacela Velha irá oferecer a todos os visitantes, sessões de poesia, debates, apresentações de antologias e um mercado de rua com livros e produtos locais.
Mas porque esta se pretende uma festa em redor das palavras, haverá ainda múltiplas obras para ler e consultar diante do magnífico cenário natural de Cacela Velha, bem como um «estendal de poesia» onde cada visitante será convidado a deixar o seu poema ou a levar consigo aquele que mais gostar.
O programa começa às 10h00, com atividades para os mais novos, uma caça ao poema, uma oficina criativa e a hora do conto. À tarde, o programa começa às 15h30 para se falar de Almada Negreiros.
Na edição de 2012, a «Poesia na Rua» dedicará espaço à apresentação de duas obras.
Às 16h00, será apresentada a antologia «Algarve: 12 poetas a sul do século XXI» (chancela Livros Capital/Linguagem de Cálculo, 2012), momento que será igualmente reservado para a leitura de poemas e para dialogar com os autores. Já às 16h45, estará em destaque a coletânea «Poetas do Guadiana».
Às 17h15, terá lugar uma homenagem a António Ramos Rosa, onde se recordarão e recitarão alguns textos do poeta farense. A sessão conta com a presença de Gisela Ramos Rosa e Manuel Madeira e com uma exposição de desenhos do autor.
As discussões à volta dos livros continuam às 18h00, com a mesa-debate «A Poesia não faz sentido».
Ao final da tarde, já pelas 18h45, os participantes serão convidados a realizar um percurso poético em Cacela Velha e na Ria Formosa, conduzido por António Baeta, e que terá como pano de fundo as heranças poéticas do al-Andaluz.
Quando a noite cair, convidam-se todos a ouvir e a participar na festa ao «ritual da igrejinha», onde se escutarão poemas ao compasso da Banda Filarmónica de Vila Real de Santo António.
Pelo terceiro ano consecutivo, a «Poesia na Rua» constituir-se-á como um grande momento cultural em redor das palavras escritas ou ditas em voz alta, homenageando, uma vez mais, a vila de Cacela Velha, localidade onde todas as ruas possuem topónimos dedicados a autores que escreveram sobre Cacela ou ali viveram.
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