Almada, Cultura

Israel Galván abre o 29º Festival de Almada

Israel Galván, um dos principais nomes do flamenco contemporâneo, abre o 29º Festival de Almada no dia 4 de Julho com A idade de ouro, no Palco Grande da Escola D. António da Costa, em Almada.

 

Presença regular nos principais palcos franceses, desde o Festival d’Avignon ao prestigiado Théâtre de la Ville, de Paris, Galván alia a tradição e o domínio perfeito da técnica do flamenco à inovação e à modernidade: emanam dos seus espectáculos influências de Buñel ou Kafka, por exemplo. A idade de ouro vai buscar o título aos anos 30 do século XX, considerados a época do grande apogeu da dança andaluza.

 

Homenagem e ruptura, o espectáculo parte das formas mais primitivas da tradição para criar algo novo, enfrentando os dogmas, e oferecendo, diante dos olhos do público, estupefacto perante a insolência e a sensualidade, um momento de modernidade absolutamente inédito na História do flamenco.

 

Sobre o que podemos esperar ver em A idade de ouro, Israel Galván explica que o projecto surgiu depois de Arena, “um espectáculo em que havia uma grande quantidade de músicos, vídeos, etc.”. “Necessitava de voltar a confrontar-me com o flamenco na sua versão mais essencial – apenas com uma guitarra e um cantor. Com esta formação de guitarra, canto e dança, retomámos a época mais importante do flamenco, que se desenvolveu durante o primeiro terço do século XX. Tive necessidade de recuperar esse flamenco sem truques ou ‘armadilhas’ externas ao próprio flamenco”.

 

O sevilhano Israel Galván (n.1973) tem feito furor (mas também gerado polémica) com a sua forma de abordar o flamenco. Integrando desde 1994 a Compañia Andaluza de Danza, foi já distinguido com o Prémio Nacional de Dança para a Melhor Criação (Ministério da Cultura de Espanha, 2005), com o Grande Prémio de Dança do Syndicat de la Critique (França, 2010) ou ainda com o Prémio Max de las Artes Escénicas para o Melhor Intérprete Masculino (Espanha, 2011). Filho de dançarinos sevilhanos, Israel Galván de los Reyes cresceu no mundo dos tablaos e da festa brava, e queria ser futebolista. “Nijinski do flamenco”, como já lhe chamaram, Galván tem sido exímio a fazer novo com o velho, colhendo consensos até mesmo entre os mais puristas e conservadores, que o consideram “o mais velho dos novos dançarinos”.

 

 

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