A atriz e encenadora Rosa Quiroga encerrou, formalmente, a “Comunidade de Leitores 2012”, iniciativa do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar. “O Tio Vânia”, de Anton Tchékhov, foi o livro debatido nesta sessão da “Comunidade”.
A convidada da “Comunidade” escolheu trazer para discussão a obra “O Tio Vânia” (1890), do dramaturgo russo Anton Tchékhov. Rosa Quiroga conhece a obra proposta para reflexão de forma muito particular – pois já interpretou o texto em palco. “O Tio Vânia” apresenta o retrato de uma família do interior da Rússia do século XIX – mas que, de forma talvez surpreendente, se assemelhará a um universo familiar disfuncional de uma família comum, dos nossos tempos.
Rosa Quiroga, nesta última sessão da “Comunidade” decidiu começar por inverter os papéis. E começou por interrogar os presentes sobre as dificuldades – ou inexistência delas… – na leitura da peça de teatro de Tchékhov. Principalmente porque, disse a atriz e encenadora, “a escrita para teatro é um meio para se atingir algo, e não propriamente a finalidade”.
O sucesso desta iniciativa já assegurou que, tal como em 2011, e depois desta última sessão, ainda se realize mais um encontro da “Comunidade de Leitores”. A escritora gondomarense Fina D’Armada será a convidada. O livro em análise, “Republicanas quase desconhecidas”, aborda mulheres, republicanas, de 33 concelhos (do Minho ao Algarve). E, no caso específico, Gondomar também é um dos concelhos abrangidos no livro. Esta é uma obra que representa um levantamento, nunca antes realizado, a nível nacional, de mulheres que ajudaram a implantar a República.
A “Comunidade de Leitores” teve, enquanto convidados, as presenças de João Luís Barreto Guimarães, valter hugo mãe, Marta Martins, Ana Luísa Amaral, João Manuel Ribeiro, João Teixeira Lopes e, a “fechar o livro”, Rosa Quiroga.
A “Comunidade de Leitores” consiste no encontro de um grupo de pessoas que se juntam, periodicamente, para conversar sobre livros cuja leitura foi proposta pelo dinamizador. A experiência da leitura, íntima e individual, é feita previamente por cada um dos participantes. Depois, em conjunto, a obra escolhida merece uma nova abordagem por parte do “leitor-convidado” – permitindo a descoberta de outras formas de interpretar o livro analisado.
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