No dia 24 de março, o Centro de Interpretação de Alcalar reabre ao público com um programa de atividades ligadas à descoberta dos monumentos megalíticos, desafiando a uma viagem no tempo até há cinco mil anos atrás.
São muitas as propostas para este dia, com entradas livres, de visitas comentadas até à participação numa oficina de cerâmica pré-histórica, passando pela construção de um monumento megalítico e pelo transporte de enormes blocos de pedras ou por vivências da época, como os sons da natureza ou a possibilidade de assistir a ancestrais técnicas de caça.
Destaque para a oficina que terá início nesse dia, possibilitando a modelação manual de peças através das técnicas tradicionais de produção cerâmica. Numa segunda sessão, agendada para 21 de abril, será feita a sua cozedura em “soenga”, estrutura de combustão simples, onde as peças entram em contacto direto com o fogo, tal como há cinco mil anos.
Esta oficina de cerâmica, que funcionará entre as 10h00 e as 13h00 e das 14h30 às 17h00, destina-se a diferentes públicos interessados nos aspetos técnicos da cerâmica tradicional/ancestral, oriundos das áreas da educação, arqueologia, artes e património, mas também aberta à comunidade escolar e à população em geral, sendo a inscrição obrigatória para as duas sessões previstas.
As inscrições custam 7 euros e devem ser efetuadas no Museu de Portimão até 20 de março, havendo um número limite de 16 participantes, que serão admitidos por ordem de inscrição.
Valioso património pré-histórico
Os monumentos megalíticos de Alcalar foram descobertos e explorados desde os finais do século XIX e estão classificados como monumentos nacionais, encontrando-se dois deles abertos ao público, o que permite um contacto direto dos visitantes com os processos e materiais envolvidos na sua construção.
Os vestígios do modo de vida dos seus construtores e da respetiva ocupação do território, caracterizado pela proximidade entre o povoado e a necrópole (conjunto de sepulcros), bem como a sua relação com a morte, são visíveis nas diversas formas de construção dos diferentes tipos sepulcros (hipogeu, anta e tholoi), os quais permitem uma perspetiva o que era o seu quotidiano, bem como das práticas funerárias dessa comunidade.
O Centro de Interpretação de Alcalar, que desde 1 de março funciona como extensão do Museu de Portimão, tem gestão partilhada entre a Direção Regional de Cultura do Algarve e o Município de Portimão, podendo ser visitado de terça-feira a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 16H30 (horário em vigor até 31 de junho), com ingressos a 2 euros.
Caso o público também deseje visitar o Museu de Portimão, onde se encontram expostos alguns dos materiais e peças originais descobertos nos monumentos megalíticos de Alcalar, poderá adquirir um bilhete conjunto por apenas 4 euros.
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