No dia 8 de Janeiro foi inaugurada da Câmara Municipal de Mação uma Exposição sobre António Lino Neto, figura destacada da Igreja, do ensino e da política durante a 1ª metade do século XX.
António Lino Neto nasceu em Mação a 30 de Janeiro de 1873. A Exposição agora patente em Mação foi desenvolvida pela Universidade Católica de Lisboa e apresenta exemplares dos livros escritos por e sobre António Lino Neto, documentos do seu arquivo, fotografias e objectos pessoais.
Na inauguração da Exposição estiveram presentes vários familiares de Lino Neto. Uma das suas netas, Matilde de Pádua, referiu o orgulho que é ser neta de uma figura que “se destacou e que trabalhou muito, que agarrou várias causas e que lutou por aquilo em que acreditava. Era um exemplo que muito nos orgulha e estamos muito felizes com esta homenagem que Mação lhe está a fazer.”
Formado em Direito, foi professor catedrático de Economia Política e Direito Administrativo a partir de 1908, Presidente do Centro Católico Português de 1919 a 1934, deputado em 1918 e de 1922 a 1926, presidente interino da câmara dos deputados em 1918 e director do jornal A União de 1920 a 1934.
A exposição está patente até 3 de Janeiro de 2012. A Exposição está aberta no horário da Câmara Municipal de Mação: de segunda a sexta-feira das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30.
Percurso biográfico de António Lino Neto
António Lino Neto nasceu a 30 de Janeiro de 1873 em Mação, distrito de Santarém e diocese de Portalegre, numa família que há um século pertencia à elite política e administrativa local. Frequenta o seminário de Portalegre, onde se forma em Teologia. Muda-se com a mãe e os irmãos para Coimbra, onde dá aulas num colégio e se matricula na universidade de Coimbra, prosseguindo os estudos em Direito. Licencia-se em 1899. No ano em que se licenciou, é nomeado, mediante concurso de provas públicas, para secretário geral do Governo Civil de Beja e publica Princípios Novos da Ciência Criminal . Em 1900 pede transferência para Portalegre, onde desempenha funções de secretário geral do Governo Civil, exerce advocacia e colabora regularmente no Distrito de Portalegre , jornal dirigido por Frederico Laranjo, relevante teórico de economia política e político do Partido Progressista, ao qual António Lino Neto também adere.
Em 1901 António Lino Neto casa com Matilde Antunes de Mendonça com quem teve 8 filhos. Quatro anos depois estreia-se como agente do Ministério Público, em audiência geral na comarca de Abrantes. Em 1908 vem viver para Lisboa com a família onde se destacou no seio político, universitário, social e religioso.
Durante a Grande Guerra integra, de 1916 a 1918, a Comissão para a Assistência Religiosa em Campanha, como vogal. É eleito vereador da Câmara Municipal de Lisboa a 19 de Novembro de 1917, ficando com o pelouro das subsistências, criado pelo recém-eleito Presidente da Câmara, Carlos da Maia. A 28 de Abril de 1918 é um dos quatro deputados eleitos pelo Centro Católico Português, juntamente com Alberto Pinheiro Torres, Francisco Veloso e Alberto Dinis da Fonseca. António Lino Neto é eleito 2.º vice-presidente do parlamento e para integrar diversas comissões: a das colónias, a dos orçamentos e a revisora da Constituição da República Portuguesa. Em Dezembro de 1918 torna-se o Presidente interino da câmara dos deputados.
Após um percurso pela política acabou por se concentrar no exercício da advocacia e na vida académica, publicando diversas conferências e o livro Princípios de Economia Política , em 1936. É vice-reitor da Universidade Técnica de Lisboa entre 1938 e 1943. Deixa de exercer advocacia no final de 1940. Jubila-se como professor catedrático da Universidade Técnica de Lisboa em 1942.
Uma exposição sobre a fantástica vida de uma Maçaense, a não perder.
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