Ansião, Cultura

Conferência dedicada a Políbio Gomes dos Santos e ao significado da sua obra poética em Ansião

Depois da exposição que o centro cultural de Ansião acolheu desde Agosto de 2011, por ocasião do centenário sobre o seu nascimento, propomos agora uma conferência sobre Políbio Gomes dos Santos e o significado da sua obra poética, apresentada pelo Professor Doutor José Carlos Seabra Pereira. Esta conferência acontece na tarde desta quinta-feira, 12 de janeiro, a partir das 14h30, no auditório do centro cultural de Ansião, e destina-se aos estudantes do ensino secundário do agrupamento de escolas de Ansião, pretendendo despertar o interesse das gerações mais jovens pela criação literária e pela descoberta da obra de Políbio.

Políbio Gomes dos Santos nasceu em Ansião a 8 de Agosto de 1911, filho de João Gomes dos Santos e de Maria Albertina de Sá Santos. Cedo começou a revelar dotes para as letras, como se constata com o poema “A minha terra”, escrito com apenas 8 anos. E foi também cedo que o seu corpo e a doença se encontraram. Após frequentar o ensino primário em Ansião, entrou nos Pupilos do Exército, em 1922, mas foi forçado a uma pausa 4 anos depois, e regressou a Ansião para se restabelecer. Em 1933 entrou na Universidade de Coimbra, nos cursos de Direito e de Letras. Mas nunca esqueceu a família que deixou em Ansião: os pais e a irmã Paulette, 8 anos mais nova, com quem Políbio manteve sempre uma relação de forte amizade e de aconselhamento, apesar da maioria das vezes estarem separados fisicamente. O companheirismo evidente entre os dois irmãos é recíproco. Ainda hoje, passados tantos anos, e apesar de algumas dificuldades próprias da idade avançada, Paulette continua a ser uma atenta e fiel leitora de Políbio. Políbio Gomes dos Santos deixou somente dois livros: “As três pessoas”, em 1938, e o póstumo “Voz que escuta”, publicado em 1944, mas com o qual obteve o 1º prémio nos Jogos Florais Universitários, em 1939. Fernando Namora, Miguel Torga, Joaquim Namorado, Vitorino Nemésio e Paulo Quintela foram pessoas bem próximas de Políbio Gomes dos Santos. Com eles partilhou vivências e reflexões, a vida em Coimbra e muitas cartas, em especial durante os longos meses em que esteve internado no sanatório Sousa Martins, na Guarda, entre 1938 e 1939. Faleceu na sua terra, Ansião, a 3 de Agosto de 1939.

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