O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, afirmou em Oliveira de Azeméis que o corte de 14% nas despesas de administração da segurança social vai permitir reforçar, em 16%, as verbas para a acção social.
O ministro, que falava na inauguração do lar de idosos do Centro Social e Paroquial do Pinheiro da Bemposta, disse que só o corte de 22% no número de chefias equivale a uma poupança de seis milhões de euros que irá reforçar o apoio às famílias e combater a exclusão social.
«Quanto mais conseguirmos poupar nas estruturas da segurança social mais verbas teremos para combater a exclusão social, apoiar os que menos têm e maximizar a capacidade de resposta das instituições particulares de solidariedade social», afirmou, anunciando que vão ser supridas 356 chefias e cargos dirigentes e metade das estruturas da segurança social.
Segundo Pedro Mota Soares, as mudanças anunciadas no sector não vão colocar em causa a capacidade e qualidade de resposta social do Estado.
«Temos de mudar o paradigma das políticas sociais em Portugal», afirmou o ministro, considerando que o governo está a inverter o caminho percorrido nos últimos anos que foi o do aumento das despesas da administração e das verbas da prestação social individual enquanto se assistiu à «diminuição dos recursos disponíveis para a acção social».
«Um euro gasto na acção social significa que é muito mais bem gasto que dois ou três euros no governo central», disse, garantindo que no Programa de Emergência Social (PES) o governo elegeu como ponto fulcral o envolvimento e as parcerias com as autarquias e as instituições.
«É essencial que o Estado dê as mãos com a administração local e com as instituições sociais porque essa é a única forma de dar resposta a muitas famílias apanhadas na pobreza, no endividamento e na exclusão social», disse.
«O papel das autarquias é fundamental neste apoio numa altura de crise financeira», observou o ministro respondendo ao autarca de Oliveira de Azeméis na alusão que fez à necessidade do governo encarar os municípios como parceiros.
«Trabalhamos diariamente para evitar problemas e apoiamos financeiramente a construção de infra-estruturas», afirmou Hermínio Loureiro, admitindo que os menos protegidos socialmente são os primeiros a sentir as dificuldades financeiras.
Para combater os problemas a autarquia «trabalha com mais de 30 instituições e em estreita colaboração com a rede social».
Segundo Hermínio Loureiro «as questões sociais são prioritárias para o executivo que procura encontrar as melhores soluções em parceria com o Estado, as escolas e as empresas que colaboram do ponto de vista da responsabilidade social».
«Trabalhamos de forma activa e preventiva», afirmou, explicando que o apoio vai desde as áreas da infância, à juventude, terceira idade e deficiência.
Hermínio Loureiro destacou a «coragem» dos dirigentes do centro Social e Paroquial na construção da infra-estrutura e ainda o «papel insubstituível da igreja», representada na sessão pelo bispo auxiliar do Porto, João Miranda.
«Esta inauguração é mais uma etapa vencida para um concelho que queremos mais solidário e sem diferenças», disse.
A importância do novo espaço foi sublinhando ainda pelo presidente da direcção do Centro Social, padre Manuel Silva Pereira, e pelo presidente da junta de freguesia, Armindo Nunes.
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