A prevenção das toxicodependências nos jovens foi a temática abordada no seminário que a Câmara de Oliveira de Azeméis promoveu no âmbito do projecto de cooperação transnacional «Gerações saudáveis».
«Esta é uma temática importante e que a todos preocupa uma vez que abrange os nossos jovens», disse o vereador do pelouro da educação.
Para Isidro Figueiredo, «o projecto, que envolve o município oliveirense e a província turca de Kahramanmaras, é um importante veículo para chegar junto daqueles que são mais vulneráveis, no sentido de lhes apontar um caminho de saída».
A palestra, que contou com a participação de auxiliares de educação, pais e alunos, pretendeu ser um espaço de debate e de partilha de experiências.
Iolanda Martins, do Centro de Respostas Integradas do Porto, abordou a prevenção das toxicodependências afirmando que «é crucial acautelar comportamentos de risco».
«A prevenção tem como missão impedir o início do consumo ou, em caso de experimentação, adiar o uso das toxicodependências», esclareceu.
A psicóloga destacou também que «são vários os factores de risco que podem influenciar o consumo das toxicodependências, como é o caso da baixa auto-estima, pelo que a família deverá intervir no processo da prevenção através da comunicação».
Para que essa comunicação funcione Clara Abrantes, técnica do Centro de Atendimento Temporário de Coimbra, defendeu que «é preciso que a relação entre os jovens e os adultos, enquanto educadores, seja profunda e vinculada».
Mariana Azevedo e Telma Silva apresentaram «Riscos calculados», um projecto que resultou de uma candidatura apresentada ao Instituto da Droga e das Toxicodependências (IDT) ao Programa Operacional de Respostas Integradas (PORI) de actuação prioritária envolvendo as freguesias de Oliveira de Azeméis, Cucujães, S. Roque e o município de S. João da Madeira.
O plano, com duração de dois anos, é uma resposta na área da prevenção primária das toxicodependências que proporciona às crianças competências para dizerem não às drogas.