Amadora, Cultura

Artur Bual evocado na Amadora

Inaugura no próximo dia 3 de Setembro, às 16 horas, na Galeria Municipal Artur Bual, a exposição evocativa Bual sempre…, uma mostra que pretende homenagear este artista da Amadora, que faria 85 anos.

Figura maior do expressionismo gestual, Artur Bual radicou-se na Amadora na década de 50 e aqui ficou até 1999, ano em que faleceu. Aclamado nacional e internacionalmente, pelas maiores figuras das artes plásticas, o seu nome passou a denominar a Galeria Municipal da Câmara Municipal da Amadora, após a sua morte.

“Ao longo de cerca de 50 anos de pintura, o seu gestualismo de vocação expressionista sempre se debateu entre a abstracção e a figuração, na apropriação de um espaço cenográfico, onde se inscreve o ritmo convulsivo do gesto do pintor.

A sua paleta não abdica do claro-escuro do cromatismo tonal, que sugere profundidade e luminosidade, ao associar o negro a uma gama de tons sombrios de cinzentos e castanhos, de cuja densa obscuridade irrompem, por vezes, súbitos clarões de brancos, vermelhos sanguíneos, amarelos pálidos e azuis claros.

Curiosamente, é  no princípio e, mais deliberadamente no fim da sua carreira, que melhor se afirma a sua pintura gestual abstracta, expansiva e informal, onde sobressai o ritmo sincopado de pinceladas sobrepostas que, numa agitação frenética, aceita os escorridos e os salpicos de tinta, na expressão directa e total do gesto. Ao fazê-lo cria uma linguagem espontânea que, pela sua carga emotiva, exasperação dramática e forte conteúdo humano, se abeira do expressionismo abstracto. A pintura de Bual é a primeira e ainda hoje a mais importante referência do Gestualismo na Pintura Portuguesa”. (Eurico Gonçalves, Pintor e Crítico de Arte)

O autor

Nasceu em Lisboa em 1926 e faleceu na Amadora em 1999. Pintor, Escultor e Ceramista. Realizou diversas exposições em Portugal e no estrangeiro. Está representado em diversas colecções: Palácio da Justiça de Lisboa, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Museus Nacionais, Câmaras Municipais, Centro de Formação Profissional de Pegões, Governo Regional dos Açores, etc. Executou diversos frescos em 12 Capelas, no Alentejo e Ribatejo.

Prémios

3° Prémio da Exposição “Um Americano em Paris” – M.G.M. em 1952; Prémio Nacional Amadeo de Souza Cardoso em 1959; 3º Prémio do Sindicato dos Críticos de Arte na I Bienal de Paris em 1959; 1º Prémio do II Salão de Arte Moderna da Junta de Turismo da Costa do Sol em 1964; 2º Prémio do Concurso de Pintura da BP em 1966; Prémio Artes Plásticas das Revistas “Eles e Elas” e “Nova Gente” em 1983 e 1984; Prémio MA C´Carreira em 1997 – Movimento Arte Contemporânea.

Tomou parte nos Encontros Internacionais de Arte Caldas da Rainha e Vila Nova de Cerveira, organizados pelo Grupo Alvarez. Com Carlos Avilez e Francisco Relógio, colaborou, como director plástico em várias cenografias levadas à cena no Teatro Experimental de Cascais e do Porto. Foi director gráfico da revista de arte e letras “Contravento”. Executou painéis-mosaico para a estação da CP da Amadora e para o Metropolitano de Lisboa. Ilustrou os livros “Instinto Supremo” de Ferreira de Castro, “As Alegres Noites de Um Boticário” de Miguel Barbosa e “Rencontre avec culture Portugaise” (Nov./91 – Paris).

Exposição patente de 3 de Setembro a 16 de Outubro

Entrada livre

Galeria Municipal Artur Bual

Av. Movimento das Forças Armadas, 1 – 2700-961 Amadora (Paços do Concelho)

Terça a Sexta-feira – das 10.00h às 12.30h e das 14.00h às 18.00h

Sábados, Domingos e Feriados – 15.00h – 18.00h

Encerra às Segundas-Feiras

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