O secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, manifestou a sua compreensão quanto às preocupações reveladas pelos lamecenses em relação ao actual programa funcional do novo Hospital de Lamego que, até ao final do ano, entrará em funcionamento. A principal inquietação prende-se com a ausência de um serviço de internamento na nova unidade de saúde, uma lacuna que o Presidente da Câmara Municipal de Lamego considera demonstrar a “incapacidade de garantir uma resposta suficiente para os doentes agudos”. Na reunião de trabalho que, a 1 de Agosto último, juntou Manuel Teixeira e Francisco Lopes, também estiveram presentes a discutir a introdução de eventuais melhorias ao modelo do futuro estabelecimento de saúde que servirá a região do Douro Sul, José Mário Ferreira de Almeida, Presidente da Assembleia Municipal, Almeida Henriques, secretário de Estado da Economia, autarca e cabeça de lista do PSD pelo círculo de Viseu, e os deputados Teresa Santos e Pedro Alves.
Recorde-se que, em Abril último, a Assembleia Municipal de Lamego aprovou a realização de uma petição em defesa da criação de um serviço de internamento no novo Hospital de Proximidade, uma reivindicação que colheu o apoio de todas as forças políticas. Este órgão propõe que o novo equipamento seja dotado com 80 camas de internamento para doentes agudos. No encontro que manteve com o novo responsável da pasta da Saúde, Francisco Lopes voltou a apontar algumas fragilidades ao modelo funcional do hospital, exigindo que o respectivo Ministério repense o tipo de internamento, uma vez que está prevista uma unidade de cuidados continuados de convalescença com capacidade para apenas 30 camas. E recordou que esta alteração já foi concretizada nos hospitais de Barcelos e Amarante, que operam sob o mesmo conceito de proximidade, onde foi reforçado o número de camas de internamento.
Para sustentar a urgência da criação de um serviço de medicina interna para doentes agudos na cidade de Lamego, Francisco Lopes e José Mário Ferreira de Almeida recordam a grande distância que os utentes terão de percorrer até Vila Real, local para onde serão “drenados” este tipo de doentes e sede do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. Uma preocupação agravada pela inexistência de transportes públicos que garantam a ligação entre todo o Douro Sul e Vila Real e pela introdução, em breve, de portagens na A24.
Com um investimento estimado em cerca de 42 milhões de euros, o futuro Hospital de Proximidade de Lamego privilegiará a componente de ambulatório com o objectivo de reduzir o impacto do internamento na vida dos doentes e das suas famílias. No entanto, os autarcas alertaram o governante para o facto de que o actual hospital já atinge uma taxa de ocupação superior a 100 por cento nas 45 camas que dispõe e que, por esta razão, as 30 camas de convalescença previstas para o novo equipamento “não resolvem o problema de internamento dos doentes do Douro Sul”.
Francisco Lopes defende ainda que o programa funcional publicado pelo ex-ministro Correia de Campos, que previa uma urgência básica qualificada, isto é, com o apoio de especialidades e unidade de cuidados continuados articulada com hospital de agudos, deve ser cumprido e “é o mínimo que Lamego pode aceitar”.
Se precisa de uma empresa de SEO para posicionar melhor o seu site? Contacte a Livetech