“…a Mónada, o Ir’real e a Quimera” é o título da exposição que, até ao dia 31 de Julho, está patente no Auditório Municipal de Gondomar (Sala Júlio Resende). Da autoria de António de Matos Ferreira, esta exposição apresenta um conjunto de trabalhos que traduzem os mais recentes anos de percurso artístico – de um pintor que, não obstante ter nascido em 1942, só desde 2004 se dedica a tempo inteiro à produção de obras de arte.
Trata-se, como referiu o próprio António de Matos Ferreira, de uma exposição de “pintura recente”. Apesar de ter começado, em finais de 1974, a dedicar-se à arte, o artista só no recente ano de 2004 é que começou a encarar a produção artística como uma ocupação total.
“Estas são as minhas obras, os meus ‘bonecos’…”, caracterizaria, assim, António de Matos Ferreira os trabalhos que apresenta no Auditório Municipal de Gondomar.
António de Matos Ferreira nasceu em Abril de 1942. Trabalhou nas áreas de publicidade, rádio e indústria de produção de discos até finais de 1974. Foi nesse período, em África, que se formou como artista. E é dessa África que retira e guarda as cores quentes e expressivas com que mais tarde realiza as suas obras. Mas, depois de África, António de Matos Ferreira parte à descoberta de uma Europa de novas cores e outros hábitos. Em 2004 regressa definitivamente a Portugal onde, finalmente, se dedicou a 100% à sua grande paixão: a pintura.
Duvida da sua arte e sorri quando lhe chamam “artista”. Autodidacta puro, continua, sempre, à procura de uma pintura diferente – que possa ser o retrato da sua alma e do mundo que o rodeia. O trabalho de António de Matos Ferreira tem vindo a ser classificado como resultado de uma “mundivivência euroafricana”, escrevendo-se, sobre o artista, que “…ninguém logrará encontrar [a] nostálgica dor do arrependimento, ou qualquer indício da mágoa mórbida da saudade, escondidos na obra de Matos Ferreira…”.
