A Casa da Cultura da Trofa recebeu no passado sábado a artista plástica Natália Gromicho, que tem as suas obras exposta na sala de exposições da CCT, numa exposição intitulada “Modos de Ver”.
Numa conversa de jardim a jovem artista falou da sua paixão pela pintura e de como tudo começou, quando no 10º ano, frequentando a área científico decidiu mudar para artes. Nesta altura “ mudou para o mundo que sempre quis”.
Expôs pela primeira vez em 1996, na Oficina da Cultura de Almada, tendo a presidente de Câmara de Almada, da altura, adquirido um quadro seu. Questionada sobre onde procura inspiração para as suas obras respondeu prontamente ”em tudo o que me choca”. Pelas suas telas já passaram interpretações do Tsunami, do Furacão Katrina, e mais recentemente a problemática de Tripoli, na Líbia. Sobre esta temática pintou ao vivo, durante 11 horas seguidas, três painéis. A sua obra sobre o Tsunami foi vendida para Chicago.
Tendo em Picasso o seu grande Mestre, diz-se autodidata e a obra que mais a marcou ao longo de todo o seu percurso, desde 1995, altura em que começou a pintar, foi uma tela, que como a artista afirma, “resultou do limpar da paleta, o que nunca se faz, não se limpa a paleta, mas era nova ainda não sabia que nunca se limpa uma paleta”. Apesar de ser a tela que mais a marcou, diz que nunca a expôs. “O gastar de tintas tornou-se na obra que mais gosto me deu pintar”.
A exposição “Modos de Ver” estará patente na Casa da Cultura da Trofa, até 30 de julho. Quando questionada sobre o porquê da escolha deste tema, Natália Gromicho diz “é o começo de tudo, a forma como cada pessoa interpreta as minhas telas, tudo depende do modo de ver. Não quero que ninguém fique indiferente, quero provocar estímulos no público. A arte morre com a indiferença”.
A visita da artista à Trofa, ficou marcada pela sua passagem na Casa da Cultura onde falou sobre cada uma das telas expostas, descrevendo cada uma delas e fazendo sempre enfoque que aquele era o seu modo de ver. Afrodite, Teatro, Homofobia, Amante são algumas das obras que podem ser vistas na Casa da Cultura da Trofa nesta exposição.
A Trofa foi, desta forma, o ponto de partida de uma série de exposições que a artista vai agora iniciar por várias cidades de Portugal, de norte a sul.
Parabens Natalia, gosto muito do seu trabalho
bravo!! de tres belle peinture