“O Sono Extenso”, de Sara Costa, é a obra vencedora do Prémio literário João da Silva Correia, cuja edição deste ano foi dedicada à Poesia. Esta distinção é atribuída pela Câmara Municipal de S. João da Madeira e traduz-se num apoio monetário à publicação do título escolhido pelo júri, até ao montante máximo de 2.000 euros.
“Em ‘O Sono Extenso’ a palavra é levada ao extremo da sua potência imagética, corporizando a liberdade radical em ato de escrita”, assinala o júri, constituído pelo vice-presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira, Rui Costa, pelo escritor Josias Gil e pelo editor António Baptista Lopes.
“A cada verso, o leitor mergulha, em pleno e sem retorno, na surpresa de uma desvairada criação de existências vivas, intensas e de uma desconcertante atualidade”, pode ler-se ainda na acta da decisão do júri, na qual se acrescenta: “Nesta obra, a palavra é injetada de uma força original interpelante e perturbadora, única e exclusiva da poesia”.
Esta é a segunda vez que uma obra de Sara Raquel Ferreira da Costa vence este concurso literário promovido pela autarquia sanjoanense, depois de já ter sido distinguida por “Uma Devastação Inteligente”, em 2007. Ainda jovem – está a completar 24 anos – tem coleccionado diversos prémios desde que em 2003 publicou o seu primeiro livro:“A Melancolia das Mãos e Outros Rasgos”.
O avô materno de Sara Costa nasceu e cresceu em S. João da Madeira, cidade onde a jovem autora – natural da vizinha freguesia de Cucujães, no concelho de Oliveira de Azeméis – fez a sua formação até à conclusão do ensino secundário, na Escola Dr. Serafim Leite.
A ligação ao município sanjoanense é uma das condições definidas no regulamento do Concurso João da Silva Correia, lançado em 2006 pela Câmara de S. João da Madeira, para “promover e consolidar hábitos de leitura e de escrita criativa”, estimulando um “envolvimento efectivo da população” e “incentivando o aparecimento de novos valores” na literatura.
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Encore!!!
Parabéns á Sara pela sua entrega á escrita! É de louvar todo aquele que transmite ou expõe o que lhe corre na veia e vive na alma!!! Não obstante gostaria de fazer um reparo. Não querendo retirar todo o mérito e total valor da Sara, entendo que, se o prémio é destinado a incentivar o aparecimento de novos valores, tal deveria ser atribuido a alguém que nunca o ganhou. O regulamento não deveria permitir a candidatura de vencedores de anos anteriores! Dá a sensação de que querem catapultar e não incentivar quem a tão distinto prémio se candidatou! Fica a sugestão para que de futuro o júri não funcione como um trampolim, para que os outos também tenham a possibilidade de saírem estimulados! obrigado m
Caro anónimo, os Prémios Literários para obras inéditas possuem critérios de anonimato, ou seja, os júris só sabem quem é o autor da sobras depois de selecionar aquela que consideram melhor. Não se trata, portanto, de escolher conscientemente esta ou aquela pessoa. O júri deste prémio só sabia que era a Sara a autora do trabalho depois de ter selecionado o trabalho. Ter sido ela a selecionada apenas reafirma o valor artístico da autora.