Sociedade, Vila Real de Santo António

Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo Portugal-Cuba deu o seu primeiro passo – VRSA

No Salão Nobre da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António foi assinado, pelo Presidente do Município, pelo Embaixador de Cuba acreditado em Lisboa e por dois Empresários, um Acordo de Intenções para a criação da Câmara de Comércio, Indústria e Turismo (CCIST) Portugal-Cuba nos próximos três meses.

 

No Acordo de Intenções, primeiro passo formal e público do processo de criação da CCIST Portugal-Cuba, foram assumidos quatro objectivos imediatos: 1- realizar uma Assembleia Geral constituinte; 2- eleger os órgãos sociais; 3- promover as acções necessárias junto das entidades públicas dos dois países para dar início a esta actividade; 4- divulgar as potencialidades de cada um dos países e promover a Câmara de Comércio.

 

O objectivo principal da CCIST é fomentar as relações económicas e culturais entre Portugal e Cuba, na base do interesse reciproco, sendo ainda sua competência em ambos os países representar os interesses dos intervenientes nas relações bilaterais junto dos governos e das entidades, cooperar com os organismos públicos e privados, divulgar oportunidades de negócio e de investimento, promover missões empresariais, organizar conferências, palestras e workshops sobre as potencialidades existentes, editar publicações, prestar aos associados assistência jurídica e técnica, dinamizar eventos culturais, estimular intercâmbios inovadores e, em termos gerais, desenvolver as suas actividades em estreita colaboração com a Câmara de Comércio da República de Cuba, assim como com as autoridades portuguesas e cubanas.
Os trabalhos para a constituição da Câmara de Comércio Portugal-Cuba têm como principais responsáveis o empresário Carlos JN Martins, antigo Secretário de Estado nas áreas da Saúde e do Turismo, e o empresário Américo Ferreira de Castro, Advogado.
Carlos JN Martins explicou que a ideia de constituir uma CCIST Portugal-Cuba surgiu quando constatou que “as relações comerciais, culturais e de intercâmbio estavam – e estão – aquém das potencialidades, necessidades e vontades de ambos os países” e afirmou que “esta entidade será uma inequívoca alavanca para a promoção das relações bilaterais entre os 2 países, entre os seus agentes económicos e entre as suas instituições”.

 

Disse ainda que “este projecto foi desde a primeira hora apoiado e acarinhado pelo Embaixador Eduardo Lerner e pelo Presidente Luis Gomes”, tendo decorrido ao longo dos últimos meses o trabalho necessário para a sua constituição e por isso é que “já temos um projecto de estatutos e uma logomarca, assim como foram feitos vários contactos formais em Havana e designadamente com a sua Câmara de Comércio da República de Cuba”.
“Em Cuba, depois do Congresso do Partido Comunista Cubano, é o tempo de renovadas políticas económicas, de uma crescente abertura a investimento e a empresas estrangeiras e de novos desafios; em Portugal é também tempo de mudança e um dos grandes desafios do programa do novo Governo é a diplomacia económica, a internacionalização da economia, das empresas portuguesas e a aposta em novos mercados”, acrescentou.
O Embaixador de Cuba acreditado em Lisboa, Eduardo Lerner, considerou que o acordo para a constituição de uma Câmara de Comércio Portugal-Cuba surge “num momento importante para os dois países, porque Cuba precisa de investimento e Portugal precisa de investir”.
“É uma oportunidade para os dois Países ganharem” acrescentou o Embaixador, frisando que Cuba tem necessidade de desenvolver as áreas energias renováveis e que Portugal tem uma excelente experiência nesse campo, assim como existem áreas de exportação muito competitivas em Cuba e carências que as empresas Portugal podem naturalmente suprir.

 

Eduardo Lerner disse ainda que Cuba pode servir de plataforma para os empresários portugueses investirem também em outros Países das Caraíbas, América Central e América Latina, os quais, apesar da crise internacional têm um simpático crescimento económico. “Cuba pode ser uma porta de entrada da economia, das empresas e dos produtos portugueses, mas simultaneamente uma porta de acesso a outros e bons mercados regionais”.
“O Acordo para a constituição da Câmara de Comércio é mais uma nova iniciativa em que a Autarquia de Vila Real de Santo António participa, sendo das poucas no País que terá tido um papel activo para a criação de uma situação deste tipo com outro país”, afirmou, por seu turno, o Presidente Luís Gomes, pioneiro no envio de munícipes a Cuba para receberem tratamento médico.

Luís Gomes disse que a Câmara de Comércio abre “oportunidades para a economia e para os empresários portugueses” e vai ajudá-los “a conhecerem o país com uma perspectiva justa e real”, terminando com a disponibilidade de colocar ao serviço deste projecto o canal de contactos privilegiados que a Autarquia tem com e em Cuba.

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