Carlos de Oliveira (1921-1981) – 30 anos de Saudade é a designação da exposição de artes plásticas, textos e fotografias que vai estar patente na Biblioteca Municipal de Cantanhede até ao próximo dia 31 de Julho. Esta mostra celebrativa da vida e obra do escritor Carlos de Oliveira é organizada pela Biblioteca Municipal de Cantanhede e inscreve-se nas suas actividades de promoção do livro e da leitura.
Inclui dez obras a óleo sobre tela que integraram a exposição “Gandaridades”, que esteve patente ao público na Biblioteca Municipal de Mira, e que retratam vários temas da tradição gandaresa, tal como reflectida na obra de Carlos Oliveira, segundo as interpretações artísticas de António Agante, António Augusto Menano, Conceição Ruivo, Isabel Manata, Manoel Bonabal Barrero, Paulo Diogo, Paulo Manata Fixe e Sílvia Peça. A isto se junta uma recolha de textos da obra de Carlos de Oliveira e algumas fotografias do seu espólio familiar, ilustrativas de vários momentos da sua vida.
Sobre Carlos de Oliveira
Carlos de Oliveira nasceu no Brasil, em 1921, mas foi em Febres, aldeia do concelho de Cantanhede para onde foi viver com a família com apenas 2 anos, que passou a sua infância e parte da sua adolescência. A Febres regressou frequentemente, mesmo quando em 1948 fixou residência em Lisboa. Nesta cidade viria a falecer no dia 1 de Julho de 1981, com apenas 59 anos.
Carlos de Oliveira é considerado um dos grandes poetas portugueses contemporâneos e um dos iniciadores do movimento Neo-Realista. A sua obra é fortemente marcada pelo ambiente que o rodeou na infância, nomeadamente com o mundo rural da Gândara cuja pobreza viria a marcar a sua ligação ao Neo-Realismo. A obra de Carlos de Oliveira caracteriza-se por uma escrita intensamente poética e depurada.