Já se pode circular nos 625 metros finais da «ER 335-1: Via Regional Cantanhede/Tocha». Há muito tempo que este importante eixo viário se encontrava aberto ao trânsito numa extensão de 9,1 Km, mas faltava ainda um pequeno troço que só agora pôde ser concluído, em virtude de algumas dificuldades no processo de expropriações.
A abertura do traçado da «ER 335-1: Via Regional Cantanhede/Tocha» até ao IC1-EN109 foi assinalada dia 1 de Junho, pelo presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, João Moura, que percorreu o novo troço acompanhado pelo presidente da Junta de Freguesia da Tocha, Júlio de Oliveira. Também presentes estiveram a vice-presidente da Câmara, Helena Teodósio, os vereadores José António Pinheiro e Pedro Cardoso, o secretário da Assembleia Municipal, José Maia Gomes, o presidente do conselho de administração da Inova-EEM, António do Patrocínio Alves, e alguns residentes naquela zona do Concelho.
Na conversa que se desenrolou no local, o líder do executivo camarário congratulou-se com o facto de “passar a ser possível circular em toda a extensão da via regional precisamente no dia em que começa a época balnear. Tínhamos assumido esse compromisso, pois sabíamos que este troço, apesar de pequeno, vem aumentar significativamente a fluidez do trânsito para a Praia da Tocha, facilitando desse modo o acesso a uma zona do Concelho que, por muitas e boas razões, é muito concorrida neste período do ano. Além disso”, adiantou o autarca, “não podemos esquecer os enormes benefícios no que diz respeito ao acesso à Zona Industrial da Tocha, que aliás está em fase de ampliação”.
O presidente da edilidade cantanhedense lembrou ainda que “só o custo desta intervenção final, considerando a via, as três rotundas, o túnel e acessos, ascendeu a cerca de 400 mil euros. Isto porque foi também necessário encontrar uma solução para melhorar as condições de acesso de Escoural e Barrins, que no entender das populações locais ficaria muito dificultada se a «ER 335-1: Via Regional Cantanhede/Tocha» fosse executada nos termos do projecto inicial”. A solução encontrada, recorde-se, foi a construção de uma passagem inferior no Escoural e de um cruzamento de nível nos Barrins que liga esta localidade às Cochadas, materializado por duas semi-rotundas com sinalização vertical e horizontal reforçada de modo a impedir viragens à esquerda em plena via, obras que foram executadas na empreitada entretanto concluída de acordo com um estudo prévio elaborado pelos serviços técnicos do Departamento de Obras Municipais. A este respeito, João Moura enalteceu a “atitude responsável e o diálogo construtivo que as pessoas assumiram nas suas reivindicações junto da Câmara Municipal. Na medida do possível, o executivo camarário procura corresponder sempre aos anseios das populações, como se verifica neste caso em que, felizmente, se chegou a um consenso”.
Por seu lado, o presidente da Junta de Freguesia da Tocha manifestou a sua satisfação “por ver finalmente concluída uma obra que constitui um verdadeiro factor de aproximação do litoral ao interior. Os benefícios para o Concelho são evidentes, quer do ponto de vista social, porque efectivamente aproxima as comunidades, quer em termos económicos. Neste aspecto, as vantagens mais visíveis são ao nível do sector do turismo, sobretudo pela maior facilidade de acesso à Praia da Tocha, e na vertente industrial, pois fica ainda mais facilitada a ligação da Zona Industrial da Tocha ao nó da A17 e a outras vias rodoviárias”.
Júlio de Oliveira reconhece que “a conjuntura particularmente difícil que se vive não facilita a execução do último troço da via regional até às Berlengas, mas nós temos esperança que a situação do país melhore no sentido de haver condições para a obra ser equacionada”.
Os 625 metros que faltavam para fazer chegar a «ER 335-1: Via Regional Cantanhede/Tocha» até ao IC1-EN109 não puderam ser incluídos na empreitada inicial devido ao facto de não ter sido possível resolver a expropriação de uma parcela de terreno situado no trajecto previsto para a via.
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